O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) rebateu os vereadores de seu partido em Cuiabá, que já se adiantaram às eleições de 2020 e declararam apoio à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo ele, a decisão sobre os rumos do partido será tomada apenas em 2020 e deve ser respeitada por todos.
Em entrevista que foi ao ar no programa Resumo do Dia do último dia 16 de julho, Wilson Santos revela que irá defender que o PSDB tenha candidatura própria não só em Cuiabá nas eleições de 2020, mas em todos municípios mato-grossense com mais 50 mil eleitores.
“No PSDB tem várias correntes de pensamento em relação às eleições do ano que vem. Eu defendo uma candidatura própria. Partido cresce disputando eleições. Vencendo, perdendo, é na luta, é na caminhada, é comendo poeira, amassando barro, que cresce um partido. Apresentando as suas ideias, os seus projetos, os seus serviços prestados, os seus quadros, então eu sempre defendi candidatura própria do PSDB”, ensinou ele.
Na última semana, o vereador de Cuiabá, Renivaldo Nascimento (PSDB), declarou que a “tendência” seria o apoio à reeleição de Emanuel Pinheiro. Ele e os também vereadores Adevair Cabral, e Ricardo Saad, todos do PSDB, fazem parte da base aliada de Pinheiro na Câmara de Cuiabá. Wilson Santos, por seu turno, reconheceu que seus colegas de sigla possuem autonomia para “apresentar suas ideias”, mas que eles terão que se “curvar” à vontade do Partido.
“Os vereadores tem liberdade para tratar do tema, tem autonomia para apresentar as usas ideias. Mas quem vai decidir no final é o Partido. É o Partido que dirá qual o caminho a seguir. Se com candidatura própria ou num arco de aliança apoiando alguém, indicando o vice, compondo uma chapa. Tudo isso ficará para 2020. Agora é claro que cada vereador tem a sua autonomia e independência mas vai se curvar a decisão majoritária do Partido”, esclareceu Wilson Santos.
O deputado estadual – que foi candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2016, e foi derrotado no 2º turno por Emanuel Pinheiro -, também foi questionado sobre uma possível candidatura no ano que vem. Ele, que já administrou a Capital em duas oportunidades, negou a possibilidade.
“Eu não sou candidato, já tive a honra, e o privilégio dado por Deus e pela população de Cuiabá, de dirigir a cidade. Já fui 5 anos e 3 meses prefeito de Cuiabá. Acertei, errei, contribuí com a minha cidade. Então eu não sou candidato. Agora, eu quero participar do processo. Vou para dentro do Partido defender a tese da candidatura própria, ou de uma aliança com quem a gente acredite que possa fazer um bom governo em favor de Cuiabá. Mas eu, pessoalmente, não sou candidato”.