"> Fávaro diz que Silval mataria Jesus para deixar a cadeia – CanalMT
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Fávaro diz que Silval mataria Jesus para deixar a cadeia

Kayza Burlin

Presidente do diretório estadual do PSD, o vice-governador Carlos Fávaro minimizou os impactos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ex-chefe de gabinete do peemedebista, Silvio César Correa de Araújo.

Na avaliação de Fávaro, muitas declarações do ex-governador Silval Barbosa não correspondem à realidade dos fatos, o que ficará devidamente comprovado com o transcorrer do tempo diante das investigações já conduzidas pela Procuradoria Geral da República (PGR) para averiguar provas do conteúdo das declarações.

“A colaboração premiada é um instrumento jurídico muito importante para auxiliar o Ministério Público e o Judiciário no combate à corrupção. Mas, quando o cidadão está preso é capaz de falar até o que não sabe para ganhar liberdade. Se perguntasse ao Silval Barbosa se bateu algum prego na mão de Jesus Cristo ele teria dito que sim para deixar a cadeia”, afirma.

Fávaro ressalta que as declarações de um delator premiado não podem ser consideradas verdades absolutas e cita o recente episódio envolvendo o empresário Joesley Batista, um dos sócios proprietários do grupo J& F que administra a JBS Friboi, preso temporariamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após ser acusado pela Procuradoria Geral da República de omitir informações em seu termo de colaboração premiada firmado nos autos da Operação Lava Jato.

“Esse episódio da JBS deixa claro que a delação do Silval Barbosa, após a devida apuração dos fatos, muitos que foram atingidos terão sua dignidade restaurada”, avalia.

Em um dos trechos da delação, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) revelou, que articulou uma fraude em um incentivo fiscal para favorecer Fávaro com a quantia de R$ 1 milhão.

O ex-governador relatou na delação que, em 2011, após tomar posse no 2º mandato como governador, foi procurado por Geller e Fávaro, até então líder da classe produtora do Estado. No encontro, foi relatado que o atual vice-governador emprestou R$ 1 milhão para a campanha de Neri a deputado federal em 2010.

Sem recursos, o secretário de Políticas Agrícolas pediu apoio do ex-governador para pagar a dívida. “No ano de 2011, o colaborador foi procurado por Neri Geller e o atual vice-governador do Estado, Carlos Fávaro, sendo que ambos pediram ajuda do colaborador para pagar essa dívida de Neri perante Fávaro, pois aquele não tinha condições de honrar o compromisso”, diz trecho da delação.

Silval, porém, negou ajuda financeira, pois detinha muitos compromissos políticos e assumiu muitas dívidas. Então, Neri e Fávaro apresentaram a ele uma alternativa de efetuar o pagamento.

Ele sugeriram que o governador determinasse a concessão de incentivos fiscais fraudulentos as empresas de Martinello. “Neri e Carlos Fávaro disseram que conheciam um empresário do ramo de móveis, chamado Osvaldo Martinello, de Lucas do Rio Verde, sendo que se o colaborador concedesse incentivo fiscal para as empresas de Martinello, ele pagaria de propina essa dívida de Neri com Carlos Fávaro”, diz um dos trechos da delação.

O ex-governador aceitou a proposta, mesmo sabendo que o incentivo seria ilegal, pois se tratava de uma empresa de comércio. Ele orientou que Fávaro e Neri procurassem o secretário de Indústria e Comércio para tratarem sobre o incentivo.

No entanto, Fávaro afirma que tem como comprovar que a transação financeira envolvendo Neri Geller atendeu aos critérios da legalidade e afirma até que vai se antecipar e apresentar provas ao STF.

“Estou tranquilo porque provo por meio de documentos que todos os atos foram lícitos. Meus advogados já estão se antecipando para apresentá-los na Suprema Corte”.


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