O suplente de deputado estadual de Mato Grosso, Doutor Emílio Populo (PSL), de Juína, foi destaque de reportagem veiculada no Jornal Nacional, na noite de quarta-feira (26), sobre fraudes em doações de dinheiro e prestação de serviços para movimentar recursos de origem desconhecida em suas campanhas em 2018.
A equipe de reportagem bateu à porta de pessoas que participaram de três campanhas de candidatos do PSL no Rio de Janeiro e do Doutor Emílio em Mato Grosso e descobriu vários casos em que as informações não batem: a pessoa diz uma coisa, o candidato declarou outra à Justiça Eleitoral.
Em Mato Grosso, a reportagem conversou com Waldeeny de Moura Pereira, que aparece na prestação de contas como doador do candidato Doutor Emílio Populo, suplente do PSL na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. No papel, Waldeney deu dinheiro para a campanha.
Ele nega. “Não, de forma nenhuma (…) Você vê, aqui que é o meu barraquinho. É simples, é humilde. Esses caras fazerem isso, usar a gente de má fé, cara…”
Waldeeny disse que apenas ajudou a pedir votos para o candidato. Ficou indignado ao saber pela reportagem que o candidato declarou ter recebido R$ 2.050 dele para a campanha. O nome de Waldeeny aparece em dois recibos bancários apresentados à Justiça eleitoral pelo Doutor Emílio: um de R$ 1 mil, em setembro de 2018, e outro de R$ 1.050, alguns dias depois.
“Não dei um centavo. Eu não tenho nem pra mim, meu amigo”, disse Waldeeny. “Eu estou tranquilo. No dia que a Justiça me chamar, eu estou pronto pra falar a verdade.”
O presidente do PSL em Mato Grosso na época da eleição, Victório Galli, não foi encontrado.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com Dr. Emílio Pópulo.