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Notícias da semana

Em 10 de dezembro de 1970 foi criada a UFMT. Fez 48 anos. Antes que o governo federal definisse por Cuiabá como base da UFMT se teve muita especulação e receio de que a sede da futura universidade pudesse ser em Campo Grande. Por aquela época, o zumbido sobre a separação do estado era constante. Se a sede da universidade federal fosse para a região sul não seria mais um zumbido.

O governador da época, Pedro Pedrossian, era do sul do estado e receavam que ele trabalhasse para levar a universidade para aquela região. Não aconteceu nada disso e o governador ainda construiu uma parte da futura universidade ali no Coxipó.

A UFMT se estendeu para o Araguaia, Sinop e Rondonópolis (hoje universidade autônoma). O número de professores com doutorado aumentou exponencialmente. Se tem hoje cursos de mestrado e doutorado também. A UFMT tem mais de 23 mil estudantes e o terceiro orçamento do estado, atrás do estado e de Cuiabá. A UFMT está na posição 34 entre 196 universidades listadas num ranking nacional.

Por estar perto dos países andinos e os do Mercosul, quem sabe a UFMT poderia buscar mais a internacionalização. Ser referência em citações acadêmicas internacionais quando se referir a essa parte da América do Sul.

Dia 13 de dezembro o Ato Institucional número 5, ou AI-5, fez 50 anos. Os militares chegaram ao governo em 1964. Dessa data até a edição do AI-5 era comum manifestações públicas e passeatas contra atos do regime. Num desses morre um estudante no restaurante Calabouço no Rio. Aumentaram as manifestações.

A linha dura do regime vinha querendo apertar as correias fazia tempo. Um dia um deputado federal, Márcio Moreira Alves, fez duros ataques ao regime e aos militares na Câmara. O governo pediu licença da casa para puni-lo. Negaram, foi o que faltava para o endurecimento do regime.

Com o AI-5 a censura caiu forte sobre cinema, teatro, livros, imprensa, no Judiciário. Fecharam o Congresso. Nas universidades apareceu o decreto 477 fechando qualquer espaço para reuniões ou debates. As prisões e a tortura aumentaram. Milhares de ativistas foram para o exilio. A coisa empreteceu mesmo.

Outra notícia da semana é a que diz que a saída para o governo estadual ter mais dinheiro seria puxar o milho para ser taxado no Fethab. Os produtores alegam que o preço do produto é pequeno se comparado com soja e algodão. Não seria justo taxá-lo, dizem. Mas, é outro argumento, sobre o milho não incidiria mais o PIS e Cofins. Outro argumento para levá-lo para o Fethab.

Outra notícia interessante é que a Antaq ou Agência Nacional de Transportes Aquaviários teria condições de seguir em detalhes o quanto se embarca, digamos, de soja num estado e quanto será descarregado em qualquer porto fluvial ou marítimo.

Se verdade, seria o meio para saber se tem gente dizendo que vai exportar tantas toneladas, internaliza uma parte e não paga ICMS no produto exportado. Antaq neles, portanto.

ALFREDO DA MOTA MENEZES é analista político.


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