"> Corregedoria da PJC abre inquérito para investigar ‘brigas’ de delegados – CanalMT
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Corregedoria da PJC abre inquérito para investigar ‘brigas’ de delegados

Valquiria Castil do GD

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil instaurou inquérito de procedimento criminal para apurar denúncias de ameaça de morte e calúnia envolvendo os delegados Flávio Henrique Stringueta e Rogers Jarbas, após confronto entre ambos em um supermercado de Cuiabá. No documento consta o boletim de ocorrência envolvendo a queixa de agressão registrada pela delegada Ana Cristina Feldner contra a procuradora da República, Samira Engels Domingues, esposa de Jarbas.

Os espisódios de confusões entre os delegados são resultado da chamada grampolândia pantaneira. Stringueta e Feldner foram designados para investigar, no âmbito da Polícia Civil, o esquema de escutas telefônicas clandestinas envolvendo oficiais da Polícia Militar ligados ao primeiro escalão do governo Pedro Taques (PSDB).

Jarbas era secretário de Segurança na época e acabou preso por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri, acusado de tentar prejudicar as investigações para proteger pessoas que na época integravam o staff de Taques. Na época, em setembro de 2017, coube aos delegados Flávio Stringueta e Ana Feldner cumprir mandados contra Rogers e outros investigados.

De acordo com o boletim registrado por Stingueta, no dia 28 de março, o ex-secretário de Segurança Pública teria feito uma abordagem provocativa, com xingamentos e intimidações no estacionamento do supermercado Big Lar do bairro Jardim das Américas. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Jarbas saiu do mercado e se aproximou do delegado que já estava em sua moto preparado para deixar o estacionamento.

No mesmo dia, Ana Cristina Feldner, que também atuou nas investigações envolvendo os grampos, esteve em uma confusão com a esposa de Rogers, dentro do condomínio onde ambas moram.

Segundo a delegada, Samira teria começado uma discussão no local, e como já tinha conhecimento do conflito entre Stringueta e Jarbas, começou a filmar a conversa e ameaças da procuradora. Quando Samira percebeu teria tentado retirar o celular das mãos da delegada e resultando em arranhões.

A procuradora federal, contudo registrou outro boletim contra a delegada alegando que Feldner estaria alterada e tentando incriminá-la.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a portaria determina a apuração dos crimes narrados no boletim de ocorrência. O nome do corregedor que vai conduzir as investigações não foi divulgado pela assessoria. A peça inicial trata da denúncia de Stringueta contra o ex-secretário.

Já com relação a denúncia feita por Ana Feldner, a Polícia Civil encaminhará uma cópia do procedimento à Procuradoria-Geral da República. Isso porque órgãos estaduais não tem competência para investigar ou ouvir depoimento de servidores federais, como é o caso de Samira.


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