"> Zaque afirma que deixou governo por causa de grampos – CanalMT
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Zaque afirma que deixou governo por causa de grampos

Celly Silva e Rayane Alves do GD

Arrolado como testemunha  no processo contra 5 policiais militares envolvidos no esquema de interceptações clandestinas operado em Mato Grosso, que supostamente ocorreu a mando do 1° escalão do governo Pedro Taques (PSDB), o promotor de Justiça, Mauro Zaque, afirmou que deixou o cargo como secretário estadual Segurança Pública porque ouve falta de apuração do caso já que estava muito claro que acontecia “barriga de aluguel”.

Zaque presta depoimento na audiência que está em andamento na 11ª Vara Militar, no Fórum de Cuiabá. O juiz Murilo Mesquita de Moura, responsável pelo caso, determinou o levantamento do sigilo judicial do processo de modo que a imprensa agora pode acompanhar os desdobramentos bem como as audiências.

A denúncia sobre as interceptações telefônicas surgiu em maio do ano passado, quando Zaque relatou que encaminhou um ofício ao governador informando a existência da central de escutas telefônicas clandestina com a participação de membros do Executivo, conforme constava numa denúncia anônima que ele tinha recebido. Porém, o governador alegou que pediu ao então secretário que registrasse tudo no papel.

Na época, Taques argumentou que enquanto governador não poderia investigar qualquer pessoa e por existir no ofício, em tese, fatos ilícitos atribuídos aos policiais também não poderia mandar a PM investigar.

“Eu na condição de secretário, eu não podia e nem devia investigar aqueles fatos. Eu fiz o relatório e comuniquei porque estava muito claro que estava havendo barriga de aluguel. Eu encaminhei pra cobrar uma investigação. Eu não vislumbrei nenhuma investigação, depois eu pedi pra sair. Então, a falta de apuração foi o fator para que eu deixasse o governo”, afirmou.

São réus no processo os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Januário Antônio Edwiges Batista e Ronelson Jorge de Barros, além do cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.
Ainda no depoimento, Zaque disse que assim que teve acesso aos documentos das interceptações feitas pela inteligência da PM, passou a salvar alguns números no celular dele. Depois disso, percebeu que vários contatos já tinha no aparelho.


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