O deputado estadual Mauro Savi (PSB) é alvo de um inquérito civil público que visa apurar fatos narrados nas delações do ex-governador Silval Barbosa e de seu irmão Antônio Barbosa a respeito de suposto esquema de propina em contratos firmados entre empresas e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em que o parlamentar estaria envolvido.
Com as investigações, o promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Cível), pretende descobrir se houve ato de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito por parte dos três citados.
Consta na portaria do inquérito que a propina era oriunda de uma empresa de assessoria, de propriedade do ex-secretário-adjunto de Fazenda Vivaldo Lopes, que mantinha convênio com o Detran, durante a gestão passada.
Conforme o Gazeta Digital já noticiou em agosto, logo após a divulgação das delações premiadas de Silval e família, Antônio Barbosa (mais conhecido como Toninho Barbosa), relatou que soube por um servidor do Estado que Mauro Savi utilizava uma empresa de consultoria para receber “retornos”, os quais seriam divididos com Silval Barbosa, o que foi negado por este quando indagado pelo irmão.
No entanto, ao saber do esquema criminoso, o então governador teria determinado que seu irmão passasse a receber a propina, em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil, repassando parte para o parlamentar.
A portaria de abertura do inquérito foi assinada no último dia 11. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 1 ano.
Outro lado – Por meio de sua assessoria de imprensa, Mauro Savi negou as declarações prestadas pelos delatores e afirmou que está a disposição da justiça.