O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para investigar a suspeita de que o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, tenha cometido improbidade administrativa à frente da presidência da Corte de Contas.
As investigações são conduzidas desde o dia 9 deste mês pelo promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, que compõe o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público.
De acordo com a portaria, existem indícios de direcionamento de licitação e superfaturamento de valores na contratação da empresa “A Produtora”, responsável pelas gravações das sessões plenárias e em auxiliar a Secretaria de Comunicação do TCE em equipamentos de áudio e vídeo.
A empresa pertence ao ex-senador Antero Paes de Barros, que nos últimos anos tem se dedicado ao marketing de campanha eleitoral em Mato Grosso.
Após ser marqueteiro do atual secretário de Cidades Wilson Santos (PSDB) nas eleições de 2004 e 2008, Antero Paes de Barros atuou na campanha vitoriosa de Emanuel Pinheiro (PMDB) nas eleições de 2016.
Desde que está afastado do TCE por imposição do Supremo Tribunal Federal (STF) diante da suspeita de corrupção revelada na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Antônio Joaquim tem pleiteado sua aposentadoria junto ao governo do Estado para disputar as eleições de 2018.
A ideia é ser candidato ao governo do Estado e um bloco de oposição liderado pelo PTB.