"> Prefeita de Barcelona, capital da Catalunha, pede que presidente não declare independência unilateralmente – CanalMT
REUTERS/Gonzalo Fuentes

Prefeita de Barcelona, capital da Catalunha, pede que presidente não declare independência unilateralmente

G1

A da Colau, prefeita de Barcelona, a capital da Catalunha, pediu nesta segunda-feira (9) ao presidente catalão, Carles Puigdemont, que renuncie a declarar unilateralmente a independência da região porque “a coesão social” pode estar em risco. A Catalunha realizou no dia 1º de outubro um referendo sobre a separação da Espanha – aprovada por 90% dos votantes – em desafio à corte constitucional espanhola que considera a votação ilegal.

“Presidente Puigdemont, entendo muito bem que o momento atual não é simples. Não nos podemos permitir colocar em perigo nem a coesão social nem as instituições catalãs”, disse Colau em declaração institucional.

“Os resultados do 1º de outubro não podem ser um aval para proclamar a independência”, afirmou a prefeita. “Mas constituem uma possibilidade de abrir diálogo e uma mediação internacional”, acrescentou.

“O que precisamos agora são gestos de distensão de ambas as partes. Não precisamos de uma escalada que não beneficia ninguém. É hora de construir pontes, não de dinamitá-las”, afirmou.

Puigdemont disse neste domingo que vai manter o rumo separatista caso não haja diálogo com Madri. Está prevista para esta terça uma sessão no Parlamento regional que poderia desencadear uma declaração de independência.

O governo central tem afirmado que não haverá diálogo até que se desista desta ideia. Em entrevista publicada nesta segunda pelo jornal alemão “Die Welt”, Rajoy afirmou que vai fazer o que puder para garantir a unidade nacional.

No pronunciamento, a prefeita também solicitou ao presidente espanhol, Mariano Rajoy, que não suspenda as instituições autônomas catalãs e retire os reforços policiais enviados à Catalunha. Policiais espanhóis usaram a violência contra manifestantes decididos a votar no referendo e causaram indignação. Mais de 800 pessoas ficaram feridas. Cinco dias depois, o governo espanhol pediu desculpas pela violência policial.

Por causa do clima de incerteza, companhias e bancos espanhois como o CaixaBank e o Sabadell decidiram transferir suas sedes para fora da Catalunha.


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