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Paulo Taques recorre ao STJ para revogar prisão por grampos ilegais

Sávio Saviola

O ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB) ingressou na terça-feira (3) com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para revogar a prisão preventiva determinada no dia 27 de setembro pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, nos autos da Operação Esdras da Polícia Civil.

O pedido é assinado por três advogados de Brasília que são Cláudio Demzuk de Alencar, Pedro Correa Pertence e Marina Antunes Lima. Por prevenção, o pedido deverá ser distribuído ao ministro Ribeiro Dantas.

Advogado de carreira, Paulo Taques foi nomeado para exercer a função de secretário chefe da Casa Civil no dia 1º de janeiro de 2015, data da posse de seu primo Pedro Taques no cargo de governador do Estado.

Em 11 de maio deste ano, se desligou do cargo dias antes de ser divulgado pelo programa dominical Fantástico da Rede Globo uma reportagem na qual detalhava a existência de um esquema de interceptações telefônicas clandestinas em Mato Grosso montadas a partir da estrutura do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar.

Um dos alvos das interceptações telefônicas ilegais foi a ex-servidora pública Tatiana Sangalli, tida como amante do ex-secretário.

Na decisão de 140 páginas assinada pelo desembargador Orlando Perri que autorizou as prisões preventivas e buscas e apreensões na Operação Esdras com base no inquérito da Polícia Civil produzido pela delegada Ana Cristina Feldner, o ex-secretário Paulo Taques é apontado como o líder do esquema de interceptação telefônica ilegal em Mato Grosso.

A decisão diz que as provas produzidas até o momento apontam que Paulo Taques “foi quem mais se serviu do falseado Núcleo de Inteligência [da Polícia Militar]” – que teria feito as escutas.

“Basta lembrar que – as provas assim indicam – foi ele o responsável por interceptar ilegalmente a sua ex-amante Tatiana Sangalli, o jornalista Muvuca, a sua ex-secretária Carolina e, provavelmente, os advogados José do Patrocínio e José Antônio Rosa, além da Deputada Janaína Riva, dentre outros”, diz um dos trechos.

A decisão dada com base no inquérito da Polícia Civil de Mato Grosso, ressalta que o ex-chefe da Casa civil se utilizou da condição de advogado para coagir um ex-cliente, o tenente coronel José Henrique Costa Soares, e convencê-lo a gravar o desembargador Orlando Perri com o intuito de colocá-lo sob suspeição e afastá-lo das investigações.


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