"> Em sigilo, delação de Nadaf vai subsidiar operações da PF em MT – CanalMT
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Em sigilo, delação de Nadaf vai subsidiar operações da PF em MT

Lizandra Macedo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, homologou em março deste ano a colaboração premiada do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf firmado com a Procuradoria Geral da República (PGR).

A exemplo da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) todo o conteúdo permanece em sigilo para subsidiar futuras operações em conjunto da Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF).

O acordo que prevê redução de pena em até 2/3 e até a possibilidade de extinção da pena nos processos criminais em que figura como réu precisou ser conduzido em Brasília porque envolve autoridades com foro por prerrogativa de função no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme dito por uma fonte da reportagem, as declarações de Nadaf atingem o governo do Estado e membros dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário de Mato Grosso.

Um dos depoimentos mais contundentes que veio a ser acrescido com provas na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa é referente ao pagamento de propina aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O valor que corresponderia a R$ 53 milhões, favoreceu cinco conselheiros, atualmente todos afastados por decisão do ministro Luiz Fux dada nos autos da Operação Malebolge, que é a 12ª fase da Operação Ararath da Polícia Federal.

Trata-se dos conselheiros José Carlos Novelli, Valter Albano, Waldir Teis, Antônio Joaquim e Sérgio Ricardo, este último já afastado do cargo por imposição da Justiça estadual desde fevereiro deste ano pela suspeita de pagar propina para comprar uma vaga de conselheiro do TCE, favorecendo o conselheiro aposentado Alencar Soares em R$ 4 milhões.

Outro tópico considerado principal nas revelações é uma promíscua relação de grandes empresas de Mato Grosso com o poder Executivo. Para receber incentivos fiscais que é o abatimento de impostos como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), empresas se comprometiam em pagar propinas. Parte do dinheiro seria destinado ao abastecimento de caixa 2 de campanha eleitoral e favorecer agentes políticos com enriquecimento ilícito.


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