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Geoffroy van der Hasselt/AFP

França: mais dois ministros deixam seus cargos

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Dois ministros do governo do presidente francês Emmanuel Macron renunciaram aos seus cargos nesta quarta-feira. O representante da Justiça, François Bayrou, e a ministra para Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, saíram do poder depois que seu partido,  MoDem (partido Movimento Democrático) – o único partido francês com o qual Macron selou um acordo político durante a campanha presidencial – foi acusado de usar dinheiro da União Europeia para pagar funcionários na França.

Apesar de não terem sido citados diretamente nas investigações, os dois preferiram se afastar do governo para “comprovar sua inocência”.   

Além de BayrouSarnez, outros dois ministros franceses demitiram-se nos últimos três dias. Na terça-feira, a ministra da Defesa, Sylvie Goulard, também do partido ModDem, renunciou ao ministério devido às investigações.

Além da crise no MoDem, outro ministro de MacronRichard Ferrand, ex-ministro de Coesão Territorial e membro do Partido Socialista, também saiu do governo. A renúncia foi por causa de uma investigação aberta pela Procuradoria de Brest, na região francesa da Bretanha, sobre irregularidades em uma transação imobiliária realizada em 2011, na qual o ministro favoreceu sua esposa.

A imprensa francesa divulgou que a esposa de Ferrand foi beneficiada por um contrato de aluguel por parte de uma seguradora da qual ele era diretor-geral entre 1998 e 2012.

Os nomes dos novos ministros foram anunciados nesta quarta-feira. A reorganização forçada aumentou o número de mulheres presentes no governo. A jurista Florence Parly do Partido Socialista e ex-funcionária de alto escalão foi nomeada ministra da Defes. Nathalie Loiseau, diretora da escola da elite burocrática francesa assumiu o cargo de Assuntos Europeus, e, por fim, Nicole Belloubet, professora de Direito, é a nova ministra da Justiça.

O gabinete ministerial continua integrado pelo primeiro-ministro Edouard Philippe, os socialistas Jean-Yves Le Drian e Gerard Collomb, respectivamente, nas pastas das Relações Exteriores e do Interior e pelo conservador Bruno Le Maire como ministro da Economia. Não há mais nenhum ministro do MoDem no governo de Macron.

A saída do partido MoDem dos ministérios não interferirá  na conquista da maioria do parlamento pelo partido de Macron. O República em Marcha (LREM), conquistou 308 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional, enquanto o MoDem conquistou 42 pessoas.

(Com agência AFP e ANSA)


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