"> Zaque diz que denunciou escutas clandestinas a Taques – CanalMT
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Zaque diz que denunciou escutas clandestinas a Taques

Kayza Burlin

Após ser divulgado no programa Fantástico a existência de um esquema de escuta telefônica clandestina em Mato Grosso que consiste em grampear telefones de advogados, deputados e jornalistas, o promotor de Justiça Mauro Zaque, que foi exibido no programa dominical da Rede Globo como denunciante do esquema, quebrou o silêncio.

Zaque encaminhou nota nas redes sociais afirmando que tomou conhecimento do esquema enquanto exerceu a função de secretário de segurança pública no primeiro ano da gestão do governador Pedro Taques (PSDB).

Depois disso, afirma que comunicou pessoalmente o governador Pedro Taques e pediu a exoneração dos envolvidos no esquema clandestino de grampos telefônicos.

No entanto, como nenhuma medida foi tomada, decidiu pedir demissão do cargo. Zaque ainda rebateu a acusação de que tentaria ter chantageado o governador e classificou o episódio como um dos mais sombrios da história de Mato Grosso.

Confira acho íntegra da nota de esclarecimento:

Sobre os últimos acontecimentos, preciso considerar os seguintes pontos:
1. enquanto Secretário de Segurança tomei conhecimento da possível existência de grampos clandestinos sendo operados por agentes públicos ligados ao executivo;
2. promovi uma checagem inicial e constatei que realmente autoridades, advogados, autônomos, políticos poderiam estar sendo vítimas desse esquema criminoso;
3. com documentação probatória, levei os fatos ao conhecimento do Governador Pedro Taques no início de outubro de 2015, ao mesmo tempo em que solicitei a exoneração imediata dos possíveis envolvidos;
(Solicitar a exoneração daqueles possíveis envolvidos em uma situação criminosa gravíssima como essa, longe de se configurar extorsão, constitui DEVER de todo agente público.)
4. ao perceber que o Governador Pedro Taques não iria exonerar tais pessoas, decidi então deixar o Governo e retornar ao MP;
5. cumpri com o meu dever de Secretário, de Promotor e de cidadão. Não investiguei ou sequer acusei ninguém. Submeti à apreciação de sua Excelência o Procurador-Geral da República para as providências que entender pertinentes.
6. eu jamais me permitiria pactuar com ações tão rasteiras, covardes e, por que não dizer, criminosas (grampear advogados, políticos, etc…).
Finalmente, tais atos constituem um atentado contra toda a sociedade, devem ser investigados em sua plenitude e responsabilizados os autores com todo rigor.
Este é um momento sombrio que manchará para sempre a história de Mato Grosso.


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