Em mais uma manobra conduzida na surdina e feita por debaixo dos panos, a Casa dos Horrores, também conhecida como Câmara Municipal de Cuiabá, se articula para votar na manhã desta terça-feira (14) se mantém ou derruba o veto do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) ao projeto de lei que reajustou em 26% o salário dos vereadores de Cuiabá da Legislatura 2017/2020, o que representa aumento de R$ 15 mil para R$ 18,975 mil.
A sessão ordinária será realizada a partir das 9h. Nos bastidores, se comenta que já existe um acordo prévio para a derrubada do veto, que exige a maioria simples de votos do plenário, ou seja, apenas 13 dos 25 vereadores.
O projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Cuiabá no dia 27 de dezembro ainda aprovou o pagamento de 13º salário a cada um dos 25 vereadores e verba indenizatória de R$ 5 mil a cada chefe de gabinete.
Ainda foi autorizado aumento salarial do prefeito de R$ 17 mil para R$ 23 mil e do vice-prefeito de R$ 14 mil para R$ 17,250 mil.
Uma eventual derrubada do veto representaria uma drástica elevação de gastos ao município. Isso porque o aumento salarial também representa acréscimo na verba indenizatória que sairia de R$ 9 mil para R$ 11,385 mil e mais uma verba de gabinete de R$ 17 mil para custear despesas de funcionários de gabinete contratados sem a necessidade de concurso público.
Assim, o custo mensal de cada vereador seria de R$ 47,360 mil. Como são 25 parlamentares em Cuiabá as despesas serão de R$ 1,184 milhão. Anualmente, levando-se em consideração o pagamento do 13º salário, será R$ 15,392 milhões.
Em quatro anos, somente para custear verbas aos 25 vereadores, se o aumento for aprovado, o município vai pagar a quantia de R$ 61,568 milhões.