O deputado estadual Eduardo Botelho (PSB) foi eleito na manhã desta quinta-feira (1) presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2017/2018. O atual presidente do Legislativo, Guilherme Maluf (PSDB) será o primeiro secretário.
Após o resultado concretizado, Botelho vai defender uma Casa de Leis independente e negou que a Assembleia Legislativa será um “puxadinho” do governo do Estado, como criticaram parlamentares da oposição durante o processo de votação.
“Embora alguns dizem que aqui é puxadinho, mas aqui não é puxadinho, o Fethab veio para cá recebeu muitas emendas. Houve tantas emendas nos projetos que chegaram do governo nesta Casa. Porque não é puxadinho, porque se não ele (Taques) não aceitava nenhuma emenda e nos aprovávamos. Não foi assim. Todos foram discutidos amplamente aqui e todo o deputado tem o seu valor. Deputados tiveram liberdade e essa liberdade vai continuar”, declarou.
Questionado a respeito da relação com o governador Pedro Taques, Botelho ressaltou que Taques pode vê-lo como um parceiro para discussão dos projetos de interesse da sociedade e do governo, projetos estes, que tenham como objetivo fazer com o Mato Grosso saía dessa crise e momento difícil em que o Estado passa.
“Mas é preciso ele ouvir essa Casa, ouvi os deputados. Os deputados sabem dos problemas que passa cada município, em cada lugar em que ele anda”, declarou.
Botelho ainda pregou que uma gestão em conjunto com os poderes, como Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas.
“Não queremos que tratem essa Casa como tendo bandidos aqui dentro. Aqui têm 24 líderes, 24 deputados que receberam milhares de votos para estar aqui. Vamos tratar harmoniosamente cada, respeitando e construindo um Estado melhor para todos”.
O parlamentar garantiu ser contra a reeleição para presidente do Legislativo, e diz que defende a alternância no poder.
“Eu sou contra a continuidade no poder. A continuidade gera super deputado. Eu sou contra isso, isso é muito ruim para o parlamento. Agora era permitido. A Constituição permitia, o Regimento Interno permitia, Não vinha tendo alternância. Nós vamos tentar mudar isso, acabar com isso. Eu acho que a continuidade no cargo é ruim”, revelou.