Uma comissão formada por 12 deputados recebeu na manhã de hoje (19), na sala da presidência da Assembleia Legislativa, representantes de entidades sindicais de Mato Grosso para discutir sobre a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos, e consequentemente, evitar a greve geral deflagrada para o dia 24 deste mês.
O líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), adiantou aos sindicalistas que atualmente o governo não tem dinheiro para fazer o repasse, no entanto, se comprometeu a levar, nesta sexta-feira (20), a proposta dos parlamentares para o governador Pedro Taques (PSDB), que é de 7,5% referente retroativo a folha de maio e os outros 3,77% para a folha de junho.
“Sabemos que o RGA é legal, mas as dificuldades financeiras estão impedindo que o governo faça o pagamento. Neste momento não temos uma boa notícia para os servidores, mas vamos aguardar até a segunda-feira para termos uma posição definitiva do Estado”, disse Santos.
O governador Pedro Taques (PSDB) disse que o repasse de 11,27% do RGA vai comprometer o pagamento em dia dos salários dos servidores públicos. Diante disso, o Fórum Sindical ameaça uma greve geral a partir do próximo dia 24.
Para discutir com os sindicalistas, o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB) mostrou o documento que formaliza a proposta e a assinatura dos deputados que vai entregar ao líder do governo e, posteriormente, será levada à Pedro Taques.
“A comissão está convicta em resolver o impasse entre sindicalistas e governo, mas precisamos ter o bom senso de ambas as partes”, falou Pinheiro, que intermediou a discussão na manhã de hoje.
Em contrapartida, o líder do governo também apresentou como proposta, uma compensação tributária do agronegócio por um período a ser discutido entre governo e empresários. Santos também propôs que Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado devolvam parte do duodécimo para o governo pagar o RGA. “São todas propostas que vamos discutir com o governador, para chegarmos numa posição definitiva”, revelou ele.
Porém, a classe sindicalista não se mostrou otimista diante das respostas do líder governista e adiantou que o indicativo de greve será mantido para o dia 24, até a resposta final do governo marcada para o dia 23.
“Estamos tentando ao máximo evitar a greve, mas até o momento o governo não se mostrou categórico conosco. O governador (Pedro Taques) está irredutível em pagar um direito do servidor”, afirmou o representante do Sindicato dos Profissionais da Saúde, Oscarlino Alves.
Além dos representantes das entidades sindicais, também participaram da reunião de hoje cedo, os deputados Eduardo Botelho (PSB), Sebastião Rezende (PSC), Wágner Ramos (PR), Saturnino Masson (PSDB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Pery Taborelli (PSC), Dr Leonardo (PSD), Max Russi (PSB), Wancley Carvalho (PV) e José Carlos do Pátio (SD).