A corrida de táxi está mais cara em Cuiabá. Isso porque o prefeito Mauro Mendes publicou no Diário Oficial de Contas, que circulou ontem, decreto que dispõe do reajuste tarifário de táxi.
Segundo o decreto, o reajuste é baseado na deliberação do Conselho Municipal de Transporte, em reunião realizada no dia 31 de março. Com o reajuste, a bandeirada (valor fixo do taxímetro ao entrar no carro) é estabelecida em R$ 4,80.
Já a bandeira 1 (segunda a sexta-feira das 6 as 20 horas e de sábado das 6 as 12 horas), que era de R$ 2,82, passa a custar R$ 3,24 por quilômetro rodado. No caso da bandeira 2 (sábado após as 12 horas, domingos, feriados e no período noturno), que era de R$ 3,95, passa a custar R$ 4,54 por quilômetro rodado. Já em relação à hora parada o decreto estipula em R$ 21,83.
Adailton Leite, que é representante do Sindicato dos Taxistas em Cuiabá, viu a aprovação do aumento da tarifa como um fôlego para os profissionais que estão numa situação muito delicada.
Ele conta que muitos trabalhadores do segmento deixaram seus postos, uma vez que na capital a procura pelo serviço de táxi diminuiu em média 15%. Para ele, o aumento é até irrisório comparado aos valores que serão pagos para a mudança do taxímetro. Adailton diz ainda que os profissionais pleiteavam aumento de 21%, no entanto, alcançaram apenas 15%.
“Estamos numa situação bem delicada, pois já são três anos sem aumento nos valores no taxímetro. A lei estipula que o reajuste seja anualmente, mas isso não acontece, como por exemplo, como no transporte coletivo, que aumenta a passagem todos os anos”, ressaltou Adailton.
A jornalista Adriana Nascimento considerou o aumento absurdo já que o salário do usuário dos serviços de táxis não aumentou. “A crise está em todos os segmentos, então não acho justo o preço do táxi aumentar assim, numa capital que acabou de aumentar a tarifa de ônibus e ainda não oferece vias de qualidade, com trânsito melhor, de modo a que pegar táxi seja algo eventual”, avaliou a jornalista.
Adriana conta que muitas vezes o desconforto do transporte coletivo faz com que ela opte por utilizar os serviços de táxi. No entanto, isso pesa no orçamento. “No ano passado eu pegava táxi cerca de quatro vezes por semana. Este ano pego três a quatro vezes ao mês”, disse a jornalista.