Os ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso há seis meses do Centro de Custódia de Cuiabá, e o ex-secretário da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, serão ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades nas obras do Mundial. Com o retorno das oitivas, a CPI marcou o depoimento de Maurício Guimarães para amanhã (29), às 8 horas, na Assembleia Legislativa. No depoimento, Maurício poderá ficar frente-a-frente com o ex-secretário Eder Moraes.
O primeiro depoimento de Guimarães na CPI será especificamente sobre a obra da Arena Pantanal. Segundo o presidente da comissão, deputado Oscar Bezerra (PSB), o ex-secretário voltará a CPI para falar sobre o o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a mobilidade urbana. “O volume de informações e questionamentos é muito grande, por isso vamos dividir o depoimento”, disse Bezerra.
O presidente da CPI não descarta fazer uma acareação entre Eder Moraes e Maurício Guimarães. Em seu depoimento na CPI, Eder responsabilizou Guimarães e o ex-governador Silval Barbosa por todas as possíveis irregularidades ocorridas na execução das obras da Copa do Mundo. “Vamos coloca-los frente-a-frente na presença dos membros da CPI e ver quem está mentindo. Se Maurício Guimarães mentir não descartamos a possibilidade de dar ordem de prisão ao ex-secretário”, frisou Oscar Bezerra.
Enquanto Eder e Silval estão presos, Maurício Guimarães é réu em uma ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Seccional Mato Grosso. A ação é referente a sonegação de informações relativas as obras da Copa no período em que comandou a Secopa.
Na reta final dos trabalhos de investigação, a CPI tem concentrado esforços em mutirão para reunir documentos referentes à construção da Arena Pantanal, do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e das obras de mobilidade urbana projetadas para Cuiabá e Várzea Grande.
O trabalho vem sendo realizado pela equipe técnica dentro da Secretaria de Estado de Cidades (Secid) e tem como objetivo a elaboração do relatório final da CPI, que tem prazo de conclusão previsto para o final do mês de maio.
De acordo com o presidente das investigações, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), este é o motivo de as reuniões entre os parlamentares membros do grupo não terem ocorrido nesta última semana.