A retirada dos ambulantes da Avenida Beira Rio ainda vem gerando protestos. A vendedora ambulante de alimentos, Dulciene Venturelli, 49 anos, chamou atenção ao se acorrentar a um poste, nesta terça-feira (23), para protestar contra a Prefeitura de Cuiabá, que determinou a sua retirada e de outros 40 trabalhadores, que atuavam com a venda de alimentos em frente à Universidade de Cuiabá (Unic) e Unirondon.
“Vou ficar aqui até o prefeito Mauro Mendes ser mais sensível aos nossos problemas. Estou com zika e mesmo assim fico aqui até alguém da prefeitura me ouvir. Eu só quero trabalhar”, disse a Dulciene, que trabalha na região vendendo pão de queiho há seis anos.
Para a presidente da Associação Cuiabana de Comida de Rua, Marlene Rodrigues, o protesto representa o desespero de várias famílias que estão desde dezembro sem poder trabalhar. “O prefeito (Mauro Mendes) é insensível. Mais de 40 trabalhadores, por cerca de 20 anos, trabalham como vendedor de comida na Beira Rio”.
Diante da situação, o secretário municipal de Ordem Pública, Eduardo Henrique de Souza, explicou que a remoção das barracas foi feita pelo fato de o comércio por lá não estar em conformidade com a Lei 5.982/2015, que dispõe sobre a regulamentação do comércio de alimentos em vias e logradouros públicos. Fora isso, o secretário disse que os ambulantes estavam atrapalhando o fluxo de veículos na região.
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