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Laudo decidirá qual delegada investigará morte de mulher após cirurgia plástica

Da Redação

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que somente após ter acesso ao laudo pericial que aponta as causas da morte de Edléia Danielle Ferreira Lira, 33, é que será decidido de quem será a responsabilidade sobre o inquérito do caso e as providências a serem tomadas para a investigação.

jovem teve morte cerebral confirmada no domingo (13), 2 dias após passar por uma lipoescultura e mamoplastia redutora com o médico Eduardo Santos Montoro, pelo programa “Plástica Para Todos.  O programa busca facilitar o acesso à cirurgia plástica a preços mais baixos do que os oferecidos no mercado.

As cirurgias foram realizadas no Hospital Militar, em Cuiabá. A jovem pagou R$ 50 para entrar no grupo de WhatsApp do programa, mais R$ 50 pela consulta e outros R$ 6 mil pelos 2 procedimentos.

A delegada já teve acesso ao boletim de ocorrência registrado pela esposa da vítima logo após o óbito e aguarda o laudo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) que indicará as causas oficiais da morte. “Estamos aguardando o laudo ou pelo menos uma conversa preliminar com os peritos, para então determinarmos quem vai investigar a morte da Danielle”, disse.

Caso a investigação permaneça com a DHHP, a responsabilidade sobre as investigações não ficarão mais com a delegada Palhares, que deve transferir à delegada Alana Cardoso. “No dia do caso, eu estava apenas cobrindo as férias da doutora Alana. Então, ela que vai ficar responsável por toda a investigação caso o laudo indique a continuidade do caso aqui na DHPP”.

A previsão é de que o laudo fique pronto em 10 dias, de acordo com o próprio IML. Porém, o prazo pode ser ampliado em razão da necessidade apontada pelo perito. Apesar de o laudo não estar pronto, a certidão de óbito já indicou que a morte de Danielle foi causada por choque hemorrágico decorrente das 2 cirurgias as quais ela se submeteu.

Danielle começou a passar mal no quarto logo após ficar por quase 6 horas em cirurgia. Enfermeiros constataram que ela estava com sangramento nas costas e ela chegou a ficar sem pulso. Além disso, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e teria aguardado por mais de 1 hora a presença do médico e a indicação de transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital Sotrauma – já que o Hospital Militar não possui UTI.

A jovem teve a morte confirmada no domingo, logo após passar por um protocolo de avaliação que comprovou a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais. A polícia chegou a ser acionada às 17h11 para a liberação do corpo, que foi encaminhado ao IML para necropsia e liberado no mesmo dia.

Conselho apura – Após repercussão do caso, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) abriu sindicância para investigar as causas da morte. Inclusive, já solicitou informações e prontuários médicos sobre o caso.  A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), por sua vez,  afirmou que vai aguardar o resultado das investigações para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido.

Além disso, se solidarizou com a família enlutada e alertou a população para o risco da atuação de agentes intermediadores para realização de cirurgias plásticas. Isto porque, em muitos casos, eles fazem “de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança”, segundo SBCP.


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