"> Hackers atacam portal da polícia alemã que recolhe pistas sobre atentado – CanalMT
Hannibal Hanschke/Reuters

Hackers atacam portal da polícia alemã que recolhe pistas sobre atentado

G1

O portal aberto pelo Escritório Federal de Investigação da Alemanha (BKA) para que os cidadãos possam enviar fotos e vídeos relacionados ao atentado de segunda-feira (19) em Berlim foi invadido por hackers nesta quarta (21) e ficou bloqueado por duas horas e meia.

Segundo informou o grupo de veículo de imprensa “Funke”, citando fontes da BKA, a página foi alvo de um ataque DDOS, que colapsa os servidores multiplicando o tráfego de dados. O site ficou inacessível entre 17h e 19h30 local, quando foi possível reverter o ataque.

Até o momento foram recebidas 270 pistas no portal, enquanto a polícia de Berlim atendeu mais de 500 chamadas na linha telefônica aberta para receber qualquer informação que possa ajudar nas investigações. No atentado, 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas depois que um caminhão invadiu um mercado de natal.

Suspeito tunisiano

Segundo informaram nesta quarta os principais veículos de imprensa alemães, a polícia procura um cidadão tunisiano após achar na cabine do caminhão uma documentação pertencente a um jovem dessa nacionalidade. Ele estava registrado como perigoso nos dados das forças de segurança.

Um suspeito preso pouco depois do ataque, um paquistanês de 23 anos registrado como demandante de asilo, foi liberado na terça-feira (20) à noite por falta de evidências contra ele, o que aumentou o alerta no país. Na manhã desta quarta, um outro suspeito foi preso, mas liberado em seguida, de acordo com a Reuters citando da mídia alemã.

Várias linhas de investigação

Na segunda-feira à noite, um caminhão com placa da Polônia avançou contra uma multidão em uma das feiras de Natal mais movimentadas de Berlim, arrastando todos os quiosques e visitantes que estavam em sua frente, de acordo com a France Presse.

O balanço do atentado é de 12 mortos e 48 feridos, sendo que 24 permanecem hospitalizados e 14 deles se encontram em estado crítico. Seis mortos foram identificados como alemães, segundo a polícia, que prossegue com vários exames.

O grupo extremista Estado Islâmico afirmou que o autor cometeu o atentado “em resposta aos apelos para atacar os cidadãos dos países da coalizão internacional” que luta contra o grupo.

A tragédia de Berlim lembra o atentado de Nice em 14 de julho, também reivindicado pelo EI. Na cidade francesa, um caminhão matou 86 pessoas ao avançar contra uma multidão que celebrava o Dia da Bastilha, feriado nacional.

Até o momento não há evidências que provem que o autor tenha vínculos com o grupo e tampouco há um suspeito identificado.

O ministro do interior alemão, Thomas de Maiziere, disse que há várias linhas de investigação abertas, mas que “é necessário deixar que os serviços de segurança façam seu trabalho”. “Ninguém vai descansar até que o autor ou os autores sejam presos”, declarou ao canal público ARD.

Local do ataque em Berlim (Foto: Arte/G1)

Local do ataque em Berlim (Foto: Arte/G1)

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