"> Desembargador afasta delegado Stringueta da investigação de grampos – CanalMT
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Desembargador afasta delegado Stringueta da investigação de grampos

Flávia Borges do GD

O desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, revogou a nomeação do delegado Flávio Henrique Stringueta como delegado especial no caso que investiga os grampos telefônicos ilegais e determinou que os documentos, sob sigilo, sejam encaminhados ao progurador-geral de Justiça, Mauro Curvo.

“Neste viés, diante do caráter sigiloso das informações contidas nos aludidos documentos, determino que sejam autuados em apenso, e sobre eles decreto o secrego de justiça, adotando-se as cautelas necessárias para que tais informações não sejam indevidamente divulgadas”, afirmou Perri em sua decisão.

Sobre a revogação da nomeação de Stringueta, Perri diz que “por razões óbvias, diante da remessa dos autos ao procurador-geral de justiça, a quem competirá das prosseguimento à apuração dos fatos, torno sem efeito a decisão por mim proferida às fls. 117/117, revogando a nomeação do doutor Flávio Henrique Stringueta como delegado especial.

Sob suspeita

No início deste mês, a juíza Selma Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, disse que levantou uma suspeita contra o delegado Flávio Stringueta com relação à existência de grampos ilegais em sua jurisdição por “dever de ofício”.

A suspeita foi levantada pela juíza em um ofício sigiloso e que acabou vazando, em que ela alertava a Corregedoria-geral da Justiça sobre a possibilidade de uma história ter sido inventada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), onde Flávio Stringueta era diretor, para dar legitimidade aos pedidos de interceptações telefônicas da publicitária Tatiana Sangali, apontada como ex-amante do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e da amiga dela e ex-secretária de Taques, Caroline Mariano de Souza.

Entenda o caso

Em um ofício que era para ser sigiloso, mas acabou vazando na imprensa, a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, relatou à corregedora-geral da Justiça Maria Aparecida Ribeiro dois casos de ações de interceptação telefônica autorizados por ela em ações diferentes, ocorridas em 2015, mas que tiveram como alvo as mesmas pessoas, a publicitária Tatiana Sangalli, que seria amante do ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e da ex-secretária dele e amiga de Tatiana, Caroline Mariano dos Santos.
Segundo a juíza, a primeira vez que os números foram interceptados, na operação Forti, foram em caso de “barriga de aluguel”, ou seja, foram inseridos em investigações relativas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho, onde entraram com os codinomes “Dama Lora” e “Amiguinha”.
No segundo caso, na operação Querubim, que ocorreu um mês depois da Forti, ocorreram de forma legal, constando com os verdadeiros nomes, que eram alvos de investigação sobre ameaça ao governador Pedro Taques (PSDB), supostamente arquitetada pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, com a participação das duas mulheres.


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