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Mato Grosso é o principal polo agrícola do Brasil

Da Redação

Mato Grosso é destaque na pesquisa realizada pelo ‘Estudo Brasil – Projeções do Agronegócio 2015/2016 a 2025/2026’, divulgado no último dia 15 de julho pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O estudo foi realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O estudo confirma que Mato Grosso se manterá na liderança em produção de grãos até 2026, com destaque para a soja e o milho que deverão crescer em torno de 39%, além do açúcar e da carne que também apresentam evolução.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, Ricardo Tomczyk, os dados são resultados do fortalecimento de toda a cadeia produtiva. “Nossa missão é fomentar cada vez mais o Estado buscando ações para fortalecer a produção desde a base. Para seguirmos no topo é preciso buscar a excelência que fará de Mato Grosso um polo agrícola cada vez mais eficiente”.

A produção de grãos deverá passar dos atuais 196,5 milhões de toneladas da safra deste ano, para 255,3 milhões de toneladas em 2025/26. Isso indica um acréscimo de 58,8 milhões de toneladas à produção atual do Brasil. Em valores relativos, representa um acréscimo de 30%. A área de grãos deve aumentar 12,7%, passando de 58,2 milhões de hectares atualmente para 65,6 milhões em 2025/26, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,3%.

Ainda de acordo com o Estudo, os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro deverão ser algodão em pluma, milho, leite, carne suína, carne de frango, soja em grão e açúcar.

Entre os grandes produtores, Mato Grosso deve continuar liderando a expansão da produção de milho e soja no país com aumentos previstos na produção de 41,5% e 37,1%, respectivamente.

Os técnicos responsáveis pelo levantamento destacam que a produtividade, aliada aos mercados interno e externo, continuará sendo o principal fator a impulsionar o crescimento da produção agrícola. Esses estudos mostram que a produtividade total dos fatores (PTF) tem crescido em média 3,5% ao ano ao longo dos últimos anos. Essa taxa é elevada se comparada à taxa média mundial que tem sido de 1,84% ao ano.

Milho

A produção nacional de milho está distribuída nos estados de Mato Grosso, com 24,9%, seguido do Paraná, 21,4%, Mato Grosso do Sul, 10,6%, Goiás, 9,8%, Minas Gerais, 7,9%, Rio Grande do Sul, 7,7% e São Paulo, 5,1%. Estes 7 estados têm produção estimada em 66,7 milhões de toneladas, que devem contribuir com 87,5% da produção nacional esperada em 2015/16.

Soja

A produção de soja no país atualmente está estimada em 95,6 milhões de toneladas. A produção é liderada pelos estados de Mato Grosso, com 27,2% da produção nacional; Paraná com, 17,9%; Rio Grande do Sul com 16,9%; Goiás, 10,7%; Mato Grosso do Sul, 7,6%, Minas Gerais, 4,9% e Bahia, 3,4%.

Em 2025/26, 41,4% da produção de soja devem ser destinados ao mercado interno, e no milho, 74,5% da produção devem ser consumidos internamente. Haverá, assim, uma dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devida ao crescimento do mercado interno e das exportações do país.

Carne

A produção de carnes (bovina, suína e aves) nos próximos dez anos deverá aumentar em 7,8 milhões de toneladas. Representa um acréscimo de 29,8% em relação à produção atual de proteína animal. As carnes de frango e suína são as que devem apresentar maior crescimento nos próximos anos: frango, 34,6% e suína, 31,3%.

Segundo o IBGE (2016), nesse ano foram abatidas 30,6 milhões de cabeças de bovinos em todo o país. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Rio Grande do Sul lideram com 76,0% dos abates no país. Os dados de efetivos de bovinos em 201, indicam que o país possuía nesse ano, 212,3 milhões de cabeças, sendo que 33,5% encontravam-se no Centro-oeste, 21,6% no Norte, 18,1% no Sudeste, 13,8% no Nordeste e 12,9% no Sul.

No Centro-oeste, o maior efetivo está em Mato Grosso, que tem um rebanho atualmente de 29,5 milhões de bovinos.

Cana-de-açúcar

A produção de cana-de-açúcar terá expansões significativas no período analisado, com destaque para Mato Grosso com incremento produtivo de 39,4%; Mato Grosso do Sul de 41,3% e Goiás de 35%.

Conforme o estudo, a produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso deve saltar de 18,822 milhões de toneladas para 26,243 milhões de toneladas. Em São Paulo, principal produtor nacional, a expansão ocorre de forma modesta com 25,2%.


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