Depois de adiar por mais um mês a decisão do o veículo leve sobre trilhos (VLT), o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que a partir de agora o governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Regional, coordenará as discussões, com a criação de um grupo de trabalho. Após a publicação do grupo e sua composição no Diário Oficial da União, a equipe terá 120 dias para apresentar um diagnóstico com possíveis soluções.
A novela do VLT, que começou em 2012, voltou à pauta após Mendes assumir o governo do Estado. Em janeiro, ele informou que os primeiros meses seriam dedicados a resolver a crise econômica e em junho, pediu o prazo de 30 dias para apresentar uma decisão.
Uma nova expectativa foi criada, com direito a manifestação de prefeitos e vereadores de Cuiabá e Várzea Grande, porém, o anúncio de Mendes é que ainda não será tomada uma decisão. Isso porque parte dos recursos utilizados no VLT são do governo Federal, inclusive o financiamento, ou seja, o empréstimo para pagamento das obras.
“O contrato que nós temos com o governo Federal que tem a Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, Advocacia Geral da União e a Caixa Econômica. Qualquer decisão que for tomada tem que envolver o governo Federal, porque tem dinheiro federal nessa história”, explicou o governador.
Nesse grupo de trabalho, além dos órgãos citados por Mendes, irão participar dos trabalhos o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, o representante do escritório de Mato Grosso em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), o controlador-geral da Controladoria Geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida, e um representante da Procuradoria Geral do Estado.
“Agora começamos a entrar para dentro do problema, vai abrindo os armários, vendo os esqueletos, entendendo o problema e aí é construir soluções verdadeiras, não adianta fazer firula. Se ele quiserem, qualquer momento pode exigir pagamento do contrato”, enfatiza Mendes.
O contrato citado pelo governador é o empréstimo feito junto ao governo Federal para financiar as obras do VLT. Como o Estado não cumpriu a sua parte do contrato, corre o risco de ter o financiamento rescindido e ter que pagar, de uma vez, a dívida que atualmente está em R$ 600 milhões.(GazetaDigital)