Apesar de definida a reeleição do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (DEM), e da primeira-secretaria para o deputado Max Russi (PSB) – principais cargos da Mesa Diretora – as articulações à composição dos demais membros têm provocado muita discussão nos bastidores e inevitável desgastes entre os parlamentares.
A eleição para a nova Mesa será realizada após posse dos 24 deputados, marcada às 9h desta sexta-feira (1), na Assembleia Legislativa. O voto é secreto e nominal. Botelho, que começou a se articular antes mesmo do pleito de outubro passado, tem assegurado a maioria dos votos dos parlamentares da 19ª legislatura. Porém, não deve ser eleito por unanimidade. Mesmo praticamente definida a chapa única.
Além das conversas reservadas entre deputados, Botelho realizou outras dezenas de reuniões em grupos para convencer os colegas a continua à frente do Legislativo, que terá um orçamento em 2009 de R$ 535 milhões.
A chapa é formada por 7 deputados (presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário). O democrata tem procurado compor com deputados eleitos pela primeira vez e, justamente, nesta composição, tem esbarrado em interesses de dois novatos.
Ex-vereadores por Cuiabá, Elizeu Nascimento (DC) e Paulo Araújo (PP) estão disputando diretamente a segunda vice-presidência. A primeira vice-presidência deve ficar com a deputada Janaina Riva (MDB).
Devido à disputa para definir a composição dos cargos ainda pendentes, a parlamentar divulgou nota para esclarecer o seu posicionamento e o que motivou não optar por uma chapa só de novatos.
Leia a íntegra do esclarecimento:
O primeiro ponto é que eu não trabalho com veto ou exclusão de pessoas por conta do número de mandatos que elas têm ou por pertencer a um partido A ou B. Fui excluída por um governo ao longo dos últimos 4 anos e sei o quanto poderia ter contribuído ainda mais com o meu estado, se tivesse tido essa oportunidade.
O segundo ponto é que não julgo os meus colegas de trabalho pelo partido que fazem parte. O fato de um pertencer ao PT e outro ao PSL, não significa que um tem mais caráter que o outro, ao contrário, significa apenas que possuem ideias diferentes. Eu sempre acreditei numa mesa diretora mista, composta por múltiplos partidos, por pessoas com bandeiras diferentes, assim como Mato Grosso é composto por diferentes realidades.
Por último, vale reforçar que quem deseja mudança tem que fazer parte do processo. Isso vale para candidaturas a cargos eletivos, para mesa diretora e para vida: ficar gritando atrás do balcão nunca levou ninguém a nada. A mudança que eu quero ver no mundo e na política, começa por mim, por cada um de nós”.