Uma equipe técnica do governo de Mato Grosso avalia prorrogar o decreto de calamidade de financeira, assinado pelo governador Mauro Mendes (DEM) no 17º dia da gestão dele. A informação é do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, entrevistado no quadro Papo das 6h, nesta segunda-feira (8).
“Realmente o estado continua com uma situação financeira extremamente delicada. Ainda estamos com salários escalonados e isso tem dificultado muito”, comentou o secretário.
Segundo ele, porém, avanços já foram feitos.
“Recuperamos os pagamentos de alguns fornecedores, mas ainda existem restos atrasados. Estamos trabalhando diariamente para que essa situação se resolva o mais rápido possível”, completou.
A definição da prorrogação (ou não) do decreto, de acordo com o secretário, deve ser divulgada ainda esta semana.
Decreto de calamidade
A medida foi decretada no dia 17 de janeiro. O governo afirmou que atitude foi necessária por causa de dívidas deixadas pela administração anterior, estimadas em R$ 4 bilhões, e despesas acima da arrecadação prevista para este ano.
Entre os motivos expostos no decreto, estão:
Arrecadação insuficiente para arcar com as despesas;
Endividamento por causa da Copa de 2014;
Crescimento das despesas de pessoal em 695% entre 2003 e 2017;
Desoneração tributária adotada nos últimos anos;
“Altíssimo grau” de inadimplência do estado;
Não repasse, pela União, do FEX, referente a 2018.
Segundo o governo, a intenção é equilibrar as contas do estado, que deve aos fornecedores, prestadores de serviços, o que afeta, principalmente as áreas de segurança.