"> Ilha da Banana vira lixão a céu aberto e município quer assumir obras – CanalMT
Reprodução/Internet

Ilha da Banana vira lixão a céu aberto e município quer assumir obras

Gazeta Digital

Há dois anos abandonada, a “Ilha da Banana” está virando um lixão a céu aberto no meio do Centro Histórico de Cuiabá. Sob responsabilidade do governo do Estado, o local, que teve quase todos os imóveis desapropriados e demolidos, também voltou a ser ocupado por usuários de drogas e pessoas em situação de rua. A Prefeitura de Cuiabá quer assumir o espaço e inclui-lo em um projeto de restruturação da área que compreende o Morro da Luz e o Beco do Candeeiro.

Localizado entre a avenida Coronel Escolástico e o Morro da Luz, caminho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o espaço foi pensado para a construção do “Largo do Rosário”, projeto que ainda não saiu do papel, mas que deveria funcionar como uma praça cultural destinada ao lazer e conservação da história das origens de Cuiabá. Essa também é a intenção da Prefeitura.

As obras no local estavam previstas para começar em 2018, porém o governo do Estado não tem qualquer previsão para a retomada. De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro, o município vai manter o projeto inicial pensado e, há algum tempo, tem tentado, por meio de conversas com o governo, assumir a execução dos trabalhos.

Segundo Pinheiro, a área não pode continuar como está e uma providência precisa ser tomada. Caso o governo não tenha interesse em repassar a responsabilidade para o município, afirma que irá cobrar medidas urgentes para a conservação do local. “Ali tem toda característica de investimento municipal, onde nasceu Cuiabá e não pode continuar abandonado da forma que está”.

A prefeitura, inclusive, se compromete em ficar responsável por todo imbróglio judicial que ainda envolve a área. “Nós assumimos por completo. Vamos estudar o que dá para ser feito e como faremos para resolver a situação. Mesmo que a questão judicial ainda se arraste, pensamos em fazer algo onde já está resolvido”.

A demolição dos imóveis da Ilha da Banana, que inicialmente eram 15, foi iniciada em junho de 2017 e se arrasta, desde então, por questões judiciais. Restaram 4 casas e o proprietário e morador de uma delas, Benedito Addor, afirma não ter interesse em sair. O Estado propôs pagar indenização de R$ 179 mil, valor que não foi aceito. Morando no local há mais de 50 anos, Benedito explica que o processo se arrasta desde antes das demolições.

O morador ainda questiona se era realmente necessária a retirada dos imóveis. “O que eu quero é continuar aqui. O próprio projeto do VLT demonstra que as casas aqui não iriam atrapalhar em nada o trajeto do trem”. Ele afirma que o processo judicial está correndo e, enquanto nada é definido, ele continua morando em sua casa.

Segundo o prefeito, o objetivo é agregar o espaço da Ilha da Banana ao projeto de restauração da região denominada por ele como “Triângulo Histórico”. O chefe do executivo municipal explica que a intenção é restaurar toda área que envolve o Morro da Luz, a Ilha da Banana e o Beco do Candeeiro.


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta