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Governador diz que Emanuel ‘entupiu buraco do VLT’

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O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu a fala do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) de que o Governo só pode retomar as obras do VLT [Veículo Leve sobre Trilhos] na Capital, se pedir autorização ao Município, conforme decreto expedido por ele, no início do mandato.

“Eu quero saber se o prefeito Emanuel dialogou com o Governo quando resolveu entupir o buraco das obras do VLT?”, declarou em indagação à imprensa, na tarde de quinta-feira (27), ao lembrar que em julho do ano passado a Prefeitura reurbanizou o canteiro de obras do VLT com plantio de árvores nas avenidas Prainha, Fernando Corrêa da Costa e Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).

O governador também insinuou que o prefeito foi omisso quando era deputado estadual, durante a gestão do Governo Silval Barbosa (2010-2014), por não ter fiscalizando devidamente as obras do modal com os demais parlamentares. Depois de deixar o Governo, Silval revelaria, por meio de delação premiada,  um grande esquema de corrupção envolvendo a licitação do VLT.

“Ficar repetindo chavões agora de que o VLT é lindo, moderno, revolucionário para o transporte público da grande Cuiabá é uma grande irresponsabilidade. Quem fala isso deveria ter fiscalizado lá atrás e não ter deixado roubar”, criticou o governador, sem mencionar nomes.

Mauro voltou a dizer que vai apresentar uma solução para o modal no começo de julho. Disse que o Governo está construído vários cenários diante da complexidade do caso.

“Tive duas reuniões em Brasília, na Secretaria de Mobilidade Urbana, mas prefiro construir isso silenciosamente. O caso do VLT é gravíssimo, pois existem várias ações na Justiça, em que o MPF [Ministério Público Federal] é patrono. Ainda tem ação até questionando a troca de modelo de BRT [Bus Rapid Transit] para VLT”.

O governador ressaltou que está muito disposto em dar uma solução definitiva para o VLT, mas o problema, segundo ele, é falta de dinheiro, já que seria necessários mais de R$ 1 bilhão para concluir a obra.

“Onde vamos arrumar um bilhão? Será que o cidadão está disposto a pagar mais impostos? Será que a iniciativa privada teria interesse de assumir essa obra. É muito complexo, pois cometeram muitos erros ao longo do tempo e é preciso muita seriedade para corrigi-los”, argumentou.

Mauro x Emanuel

Na semana passada, Emanuel declarou na imprensa que Cuiabá “não é terra de ninguém” e que Mauro precisa dialogar com a Prefeitura antes de retomar as obras do VLT. Nessa semana ele voltou a repetir o aviso, complementando que o Governo precisa ter bom senso e chamar a Prefeitura para dialogar antes de definir o que vai fazer.

“Aqui tem prefeito; aqui tem gestão; aqui temos uma equipe técnica extraordinária e a Prefeitura tem que ser ouvida da mesma forma que um particular para fazer uma obra precisa da autorização da Prefeitura, o Governo estadual ou o Governo Federal, se quiserem fazer obra em Cuiabá, é muito bem-vinda, mas que passe pelo crivo, pela análise técnica e pela autorização da Prefeitura”, enfatizou.


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