A deputada federal eleita Rosa Neide (PT) faz parte das articulações nacionais do Partido dos Trabalhadores (PT) para a disputa da presidência da Câmara dos Deputados. Nove parlamentares já declararam que irão concorrer ao cargo e 12 partidos já informaram que irão apoiar a reeleição do atual presidente, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM).
Na sexta-feira (18), durante a visita de Maia a Cuiabá, Rosa Neide afirmou que seu partido não irá lançar candidatura para a presidência do parlamento, mas que as discussões sobre o apoio ainda não se encerraram.
“O PT não vai lançar candidatura, mas [segue] com os demais partidos do bloco de esquerda, que estão hoje o PSOL e o PSB e fazendo essa discussão. O PT não fechou com ninguém, não tem decisão finalizada. Tem outros candidatos. É uma coisa que está sendo construída”, afirmou a deputada eleita.
Diferente de outras votações na Câmara, a eleição da mesa diretora é feita por votos individuais, por maioria simples (50% + 1), o que significa que mesmo com o apoio do partido, os deputados podem votar de outra forma. “Como o voto é livre, não é obrigatório pela filiação partidária, aquelas pessoas que têm tendência mais para à esquerda estão discutindo o bloco também”, explicou petista.
Segundo Rosa Neide, o PT utiliza dois critérios para o debate sobre o apoio nessa votação. “O PT se pronunciou da seguinte forma: os parlamentares que apoiam a democracia, que respeitam a Constituição são parceiros na discussão”.
A respeito das divergências por causa da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), que foi aprovada pelos deputados, ela afirma não guardar rancores.
“A discussão do parlamento é diferente da discussão presidencial. É importante isso, que se supere as questões políticas já acontecidas para que possa compor os novos blocos”, enfatizou a petista.