"> Salários pagos na Empaer atingem teto constitucional – CanalMT
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Salários pagos na Empaer atingem teto constitucional

Lázaro Thor Borges-GD

Pelo menos 33 servidores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) que ocupam cargos de “assistente administrativo” e “agente de serviços” recebem salários que variam de R$ 10 mil a R$ 17 mil mensais. E esses valores são apenas pouco mais da metade do que ganham os profissionais mais graduados da autarquia. Na Empaer, pesquisadores, engenheiros, gerentes e chefes de gabinete chegam a atingir o teto salarial permitido por lei: R$ 24.905,72.

A empresa está na lista de extinção do governador Mauro Mendes (DEM), que recentemente reclamou dos gastos com pessoal. São 662 servidores que custam, mensalmente, R$ 8 milhões, o equivalente a cerca de R$ 104 milhões por ano.

O jornal A Gazeta fez um levantamento e encontrou 41 servidores da Empaer nas funções de assistente e agente ganhando salários que ultrapassam os R$ 5 mil. Os dados foram colhidos na última folha pagamento do órgão, publicada em outubro de 2018. Na iniciativa privada, cargos semelhantes oferecem salários de aproximadamente R$ 1,5 mil mensais.

Estes e outros fatores levaram a Empaer a registrar um prejuízo acumulado de R$ 121 milhões, segundo dados do Relatório 16/2017, elaborado pela Controladoria Geral do Estado (CGE).

Os planos do governador Mauro Mendes são que a dissolução da Empaer ocorra ainda este ano. Para isso, ele incluiu no projeto de reforma administrativa, encaminhado à Assembleia Legislativa, um pedido de autorização para a extinção ocorrer por decreto. Outras quatro empresas públicas também estão na mira.

Segundo o presidente da Empaer, Cândido dos Santos, o aumento nos salários de muitos servidores é resultado de uma lei aprovada em 2011 e que equiparou os ganhos aos dos servidores do Intitulo de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) e do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat). Além disso, os trabalhadores da Empaer receberam progressão vertical, progressão horizontal e Reajuste Geral Anual (RGA) na gestão Silval Barbosa.

“Eu não discuto salário. Existe um plano de carreira e uma lei vigente e eu tenho que pagar”, argumentou. “Precisa, sim, de uma reformulação, mas isso não significa que as pessoas não trabalhem, pelo contrário, elas trabalham muito”, defendeu Cândido.

Com o apoio do sindicato dos servidores da empresa, o presidente da Empaer entregou um relatório preliminar ao governador apresentando a situação atual da autarquia e uma “situação enxuta”. O documento, que passa por alterações, também será divulgado pelos sindicalistas na próxima sexta-feira (18), em audiência pública, para tentar mostrar que é possível manter o órgão ativo.


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