Favero mantém seu nome em disputa da Mesa Diretora

“A eleição da Mesa Diretora é como um jogo de xadrez, que pode mudar”. Com essa afirmação, o deputado eleito Silvio Favero (PSL) sustentou que mantém sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa e justificou o fato de ter assinado uma lista de apoiadores da reeleição de Eduardo Botelho (DEM). Segundo o parlamentar, tudo não passou uma “tática” para “conhecer o jogo do adversário”.

Segundo Favero, várias atas têm circulado pelo Parlamento e isso não garante a vitória de nenhum candidato. “É uma maneira de você saber quem são os apoiadores do seu adversário. Assinei, mas meu nome está mantido como candidato e eu busco a formação de uma chapa”, ressaltou.

Na última semana, o jornal A Gazeta adiantou que a chapa de Botelho está concretizada. Janaina Riva (MDB) e Guilherme Maluf (PSDB), que buscavam o cargo de primeiro-secretário desistiram e o deputado Max Russi (PSB) foi quem assumiu a vaga. Janaina ficou com a vice-presidência.

A composição foi colocada em papel e assinada por 16 deputados. Favero afirma, entretanto, que tem do seu lado, pelo menos, 10 apoiadores, o que dá a entender que mais de um deputado pode não cumprir o compromisso com Botelho.

A maior dificuldade de Favero tem sido conquistar votos dos veteranos. Para ser eleito, ele precisaria de uma chapa mista, mas parte de seus principais apoiadores, que são deputados de primeiro mandato, não aceitam “se misturar”. É o caso de Ulisses Moraes (DC), que defende uma Mesa formada apenas com novatos. “A população pediu renovação e sei que os deputados entendem que precisa ser assim também na administração da Casa”.