"> Eder diz que empréstimo de U$ 110 milhões é bom negócio e dá dica a Emanuel – CanalMT
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Eder diz que empréstimo de U$ 110 milhões é bom negócio e dá dica a Emanuel

Arthur Santos da Silva-GD

Causou burburinho na população cuiabana a autorização de um empréstimo valorado em U$ 110 milhões concedida pela Câmara Municipal ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Realizado o câmbio, os quase R$ 500 milhões prometidos podem gerar um rombo significativo nas contas públicas. O GD pediu a opinião de uma figura conhecida por dolarizar dívidas, o ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes. No conceito do especialista, o empréstimo é um bom negócio, mas precisa ser convertido em bens duradouros.

“Você fazer uma operação em dólar hoje, o dólar está numa cotação alta, então você tem uma liberação de quantidades de reais maior. E a tendência é que quando você for pagar esse empréstimo a variação cambial não seja tão brusca. Ou seja, não vai oscilar de forma a causar um transtorno”, Explicou Eder em tom didático.

O ex-secretário foi responsável por planejar a negociação da dívida que Mato Grosso tinha com a União, “terceirizando” o débito para uma instituição bancária americana no período em que U$ 1 valia cerca de R$ 2.  O contrato de R$ 972 milhões (valor inicial) foi firmado em 2012, durante gestão do ex-governador Silval Barbosa, e o pagamento segue até 2022. Atualmente U$ 1 beira R$ 4, multiplicando a dívida. Alvo de críticas por não ter utilizado uma trava sobre o câmbio, Eder segue defendendo o modelo de operação.

“A gente tem que considerar que a economia da capital e por conseguinte de todo o estado, ela tem um forte componente porque a economia gira em torno do agronegócio. Então mesmo que haja uma variação do dólar para mais ou para menos, a economia nossa acaba acompanhando também.  Acaba naturalmente ‘redeado’, naturalmente  assegurada a operação”, afirmou o ex-secretário.

Como prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro deve financiar o valor junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina, com pagamento previsto em parcelas semestrais e juros de 4% a 5% ao ano, a partir de 2023. A aposta do emedebista é que, até o vencimento da primeira prestação, a retomada do crescimento econômico, esperada no governo Jair Bolsonaro (PSL), garanta que a moeda americana tenha cotação mais baixa em relação à brasileira, o que deve fazer com que o município economize dinheiro.

Para não gerar conflito com a população, Eder Moraes deixou uma dica para o prefeito de Cuiabá. “Esse dinheiro, produto de empréstimo, que são situações que acabam ficando para a população pagar, via de regra o conceito que se tem é que o recurso tem que ser investido em prol da população e em coisas concretas, não em festividades”, finalizou.

Defesa   

Para se defender das críticas do governo que sucedeu Silval Barbosa, liderado por Pedro Taques (PSDB), Eder garante que a péssima situação econômica do estado é culpa de quem está gerindo.

“Mesmo com a variação cambial que houve, se você colocar na linha do tempo, desde quando começou e se deixasse no modelo anterior, da forma que estava ficaria mais caro. Nós estaríamos devendo mais do que estamos devendo hoje. A economia do estado cresceu. A arrecadação quando nós fizemos a negociação girava em torno de R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões. Hoje está em torno de R$ 25 bilhões. É a má gestão que foi feita dentro do governo novo e o reflexo disso está no atraso de salários, é por má gestão que eles estão reclamando”, garantiu Eder.


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