Ex-secretário será ouvido em Brasília como testemunha da ‘Grampolândia Pantaneira’

O ex-secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Fábio Galindo, será ouvido como testemunha nesta terça-feira (30), em Brasília, no caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

A solicitação foi feita pela defesa do cabo Gérson Corrêa, principal suspeito de ter operado o esquema de escutas telefônicas conduzido por um núcleo do alto comando da Policia Militar de Mato Grosso durante os anos de 2014 e 2015.

“Ademais, por se tratar de processo que encontra-se na fase de alegações finais, tem-se que o interesse acerca da inquirição da testemunha deverá ser manifestado pela parte que a arrolou”, diz trecho da decisão do juiz Marcos Faleiros, titular da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, proferida nesta segunda-feira (29).

As perguntas que Fábio Galindo deverá responder foram encaminhadas pela defesa do militar e pelo Ministério Público. De acordo com Faleiros, Gerson “até o presente momento não manifestou interesse em desistir de sua oitiva”.
Galindo iniciou no governo Pedro Taques (PSDB) como secretário-adjunto da Sesp e assumiu o comando da pasta quando o promotor de Justiça Mauro Zaque, que atuava como secretário, deixou o governo.

Zaque foi quem descobriu o esquema de interceptações telefônicas clandestinas dentro da Policia Militar, e, segundo ele, solicitou providências do governador que não atendeu as reivindicações. Diante disso, Zaque pediu exoneração. Um ano depois denunciou o caso na Procuradoria Geral da República (PGR).

O Cabo Gérson Corrêa está preso desde última sexta-feira (19), acusado de descumprir medida cautelar imposta pela Justiça.

No próximo dia 6 de novembro ocorrerá a sessão no “Conselho de Sentença”, composto por oficiais de alta patente da Polícia Militar, que deverá referendar ou não a prisão de Gerson. O grupo é formado por 4 oficiais e 1 juiz de direito.
Ele é réu confesso no processo que corre na Justiça Miliatar envolvendo 5 militares.