A decisão para o processo criminal do esquema de interceptação telefônica conhecido como grampolândia pantaneira deve ficar para o mês de novembro. É o que avalia o promotor de Justiça Allan Do Ó, responsável pela acusação contra os militares supostamente envolvidos no esquema.
Para que esteja concluído para sentença, basta que o Ministério Público e os advogados dos réus apresentem as “alegações finais”. O promotor deve voltar de férias daqui a duas semanas. Depois disso, ele pretende apresentar o parecer o mais rápido possível, uma vez que já tem as linhas gerais do que escreverá.
“No mais tardar a decisão deve sair em novembro, porque a ação não voltou ainda para o Ministério Público e, como estou de férias, as alegações finais devem ser emitidas em setembro”, avalia.
Nesta etapa, o promotor vai analisar as provas apresentadas e o teor dos depoimentos para elaborar o parecer, onde indicará quais dos cinco réus no processo são culpados e quais são inocentes.
Com a apresentação dos pareceres, chega o momento em que as defesas dos réus vão contestar o pedido do Ministério Público. Tudo isso será apresentado em uma única audiência, ainda a ser marcada pelo juiz Murilo Mesquista, responsável pelo processo.
“Alguns fazem a contestação escrita, eu prefiro fazer a contestação oral, porque não abre a tese e o promotor não vem preparado sabendo tudo o que a defesa argumentou”, comenta o advogado do cabo Gerson Correia, Neyman Monteiro.
Na prática, só falta uma próxima audiência para que tudo seja encerrado. Na audiência, cada advogado terá uma hora e meia para falar. Em seguida, os juízes militares vão decidir.