Selma nega ter faltado reunião e ironiza tratamento do PSDB a Bolsonaro

Candidata na chapa encabeçada pelo PSDB, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) questionou a decisão dos tucanos em não querer dividir os 46 segundos de propaganda ao Senado.

Por meio de nota, a coordenação de sua candidatura disse que a justificativa dada, de que a direção nacional vetou a utilização do seu tempo para não dar palanque ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), seria contraditória.

“[…] PSDB queria coordenar à visita do presidenciável à Cuiabá, mostrando um incongruência no posicionamento”, diz trecho da nota emitida na noite desta quarta-feira (29).

A nota diz ainda que Selma Arruda não teria faltado a reunião entre os partidos da coligação, corrida narte de quarta, na sede do PSDB, em Cuiabá, “já que a reunião era direcionada aos presidentes dos partidos”.

“Cabe frisar que a referida reunião foi convocada pelo presidente do PSDB, o senhor Paulo Borges, e não pela juíza Selma Arruda, conforme divulgado”, afirma trecho do posicionamento.

A nota foi emitida após o presidente do PSDB ter afirmado que o partido ficará com o seu tempo para que o candidato ao Senado, deputado federal Nilson Leitão (PSDB), possa fazer campanha. Já o tempo dos outros partidos seria dividido igualitariamente.

A crise entre Selma Arruda e membros do PSDB se iniciou muito antes da confirmação desta aliança. A candidata chegou a dizer que não subiria em palanques com candidatos que teriam sido delatados ou com processos na justiça.

Ela “liberou” os seus eleitores a votarem em outro candidato ao Senado e ao governo. Semana passada sugeririu voto no procurador Mauro (PSOL), candidato ao senado pelo PSOL.

Agora, Selma Arruda diz que irá recorrer na justiça para que o tempo da coligação seja dividido igualmente.

Na coligação de Nilson Leitão e Selma Arruda foram somados o tempo do PSDB (42 segundos), PSB (26 segundos), SD (11 segundos), PPS (7 segundos), PRP (dois segundos) e Patriota (um segundo), o que totalizou um minuto e 32 segundos, somados aos 7 segundos distribuídos de maneira igualitária a todas as chapas.

Já nas inserções gerais, que serão exibidas de 31 de agosto até 4 de outubro, Selma Arruda e Nilson Leitão terão que dividir os 232 vídeos aos quais a coligação tem direito.

Confira a nota: 

A coordenação de campanha da juíza Selma Arruda, candidata ao Senado pelo PSL, esclarece que a juíza não faltou a reunião realizada na tarde desta quarta-feira (29.08) no diretório do PSDB, já que a reunião era direcionada aos presidentes dos partidos.

Como é de conhecimento público, o presidente do PSL em Mato Grosso é o deputado federal Vitório Galli, que compareceu ao encontro, acompanhado do jurídico do partido.

Cabe frisar que a referida reunião foi convocada pelo presidente do PSDB, o senhor Paulo Borges, e não pela juíza Selma Arruda, conforme divulgado.

A coordenação esclarece ainda que, ficou surpresa com a recusa do partido tucano em não dividir o tempo de programa eleitoral de forma igualitária com o PSL, sob a justificativa de não estar autorizado a dar palanque à Bolsonaro, no entanto, o PSDB queria coordenar à visita do presidenciável à Cuiabá, mostrando um incongruência no posicionamento.

Por fim, cabe informar a todos que não haverá nenhuma reunião nesta quarta-feira, pois a candidata cumpre agenda em Rondonópolis, inaugurando o QG Pró-Bolsonaro.