"> MPE cita novos inquéritos no Detran e teme que ex-secretário e deputado atrapalhem devassa em MT – CanalMT
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MPE cita novos inquéritos no Detran e teme que ex-secretário e deputado atrapalhem devassa em MT

FolhaMax

O Ministério Público Estadual emitiu nesta terça-feira parecer pela manutenção da prisão dos cinco presos na “Operação Bônus”, segunda fase da “Operação Bereré”, que apura desvio de mais de R$ 30 milhões no Detran de Mato Grosso. Entraram com pedido de revogação da prisão o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o advogado Pedro Jorge Zamar Taques, e os empresários José Kobori e Roque Anildo Reinheimer.

Os pareceres foram anexados aos pedidos das defesas dos acusados e a decisão sobre a soltura, ou não dos acusados, cabe ao desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Uma decisão liminar deve sair nas próximas horas desta quarta-feira.

O parecer é assinado pelo coordenador do Naco (Núcleo de Ação de Competências Originárias), promotor Antonio Sérgio Cordeiro Piedade, e pelos membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), promotores Marcos Bulhões, César Danilo Fernandes, Samuel Frungillo, Carlos Roberto Zarour César e Rodrigo Araújo Braga Arruda. No parecer, o Ministério Público aponta que a situação fática do caso pouco mudou em relação a data das prisões dos acusados, no dia 9 de maio.

Ou seja, todos ainda representam risco a ordem pública e a instrução processual. “Resta evidenciado o risco que o investigado representa a ordem pública, tendo em vista que o contrato permanece vigente, bem como a possibilidade concreta de reiteração criminosa, porquanto o cometimento dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ocorreram, também, no exercício do seu atual mandato como deputado estadual”, diz trecho do parecer em relação ao pedido de Mauro Savi obtido com exclusividade pelo FOLHAMAX.

O parecer cita ainda as evidências de crimes cometidos por cada um dos detidos para justificar a defesa na manutenção das prisões. Além disso, aponta que existem outras investigações sobre outros casos de corrupção em contratos no Detran de Mato Grosso.

Para o MPE, os investigados representam riscos a descoberta de novas provas. “É relevante destacar que a prisão cautelar objetiva evitar possíveis interferências na produção probatória referente ao inquérito policial complementar em andamento, conforme depreende-se da cota da denúncia, bem como a instrução processual penal que terá início após o recebimento da denúncia”, assinala.

O grupo criminoso é acusado de desviar cerca de R$ 30 milhões no Detran através da empresa EIG, antiga FDL, que fazia o registro dos contratos de alienação fiduciária de veículos. Os esquemas teriam acontecido nas gestões de Silval Barbosa (sem partido) e também Pedro Taques (PSDB).

 


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