O ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes Dias, não poupou acusações ao Ministério Público de Mato Grosso (MPE)durante entrevista ao jornalista e apresentador Edivaldo Ribeiro, do site o Bom da Notícia. Trechos divulgados na noite de quinta-feira (17) revelam supostas ameaças de morte trocadas entre Eder e o promotor de Justiça Clovis de Almeida.
“Eu tive uma discussão com o promotor Clovis Almeida, de ameaça de morte um com outro”, afirmou o ex-secretário. “Eu faço questão, quando erram comigo, eu vou até as ultimas consequências”, complementou o ex-secretário. Eder revelou ainda possuir receio de que algo contra sua vida aconteça: “eu vou provar isso, espero que esteja vivo”.
O político figurou como braço direito em governos liderados por Blairo Maggi e Silval Barbosa. Justamente por sua atuação no Poder Executivo, Eder é considerado o responsável pela engenharia financeira de um suposta organização criminosa responsável por desviar e lavar cerca de R$ 500 milhões, números apontados pela Operação Ararath.
Na entrevista, ainda sobre o Ministério Público, o ex-secretário revela supostos crimes cometidos na instituição. “Eles não perdoam ninguém. Por eles, o couro come, então vai comer daqui para lá também”, afirmou, complementando: “eu conheço o Ministério Público de Mato Grosso. Eu sei como as coisas funcionam lá”.
“Lavagem de Dinheiro, Enriquecimento ilícito, emissão irregular de moeda, corrupção ativa e passiva. É uma caixa preta”, disse Eder. Conforme o ex-secretário, nem mesmo o Conselho Nacional do Ministério Público tem coragem de intervir em Mato Grosso. “É uma caixa preta que nem o CNMP tem coragem de abrir direito, são corporativistas”, afirmou.
“Não existe uma CPI que não quebre, neste caso, o sigilo funcional, Bancário, telefônico e fiscal dos envolvidos. Até hoje eu tenho inimigos viscerais ocultos, depois que eu fiz essa denúncia. Quando eu acusei o Ministério Público, eu não tinha uma condenação em nada”, finalizou.
O outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério Público. O órgão ainda avalia se divulgará manifestação.