O ex-senador Jayme Campos, líder do Democratas, confirmou que grande parte das lideranças de seu partido não deseja permanecer na base aliada do governador Pedro Taques (PSDB) e que a intenção é de que a sigla tenha candidatura própria para o Executivo estadual, nas eleições de outubro.
De acordo com Jayme, o alto índice de rejeição enfrentado por Taques seria um dos motivos para que o DEM não participe do pleito eleitoral na coligação do governador, que deve buscar a reeleição.
“O desejo do partido é ter candidatura própria, mas isso ainda está sendo avaliado. Ir com uma pessoa que está bem avaliada é fácil, mas não é isso que acontece e um grupo grande não deseja ficar na coligação de Taques e temos que respeitar a maioria”, disse o ex-senador, em entrevista para a Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (18).
O DEM vem tratando da candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, como adversário de Taques. No entanto, Mauro pediu prazo para decidir até o mês de maio se terá “condições” de enfrentar a disputa eleitoral.
“Mas o partido tem nomes para dar e vender para ser candidato, tanto para o Governo, quanto para o Senado, caso o Mauro decida não disputar as eleições. Inclusive eu estou pronto e o partido que vai definir sem qualquer dificuldade se Jayme vai ser candidato ao Governo, ao Senado. Meu nome está bem avaliado nas pesquisas para qualquer cargo”, declarou Jayme.
Questionado sobre a aliança com Taques em Várzea Grande, cuja prefeita Lucimar Campos (DEM) é mulher de Jayme, o ex-senador afirmou que a amizade não deve interferir na política.
“Amizade é amizade, política é política. São coisas diferentes. O governador tem sido parceiro nas obras de Várzea Grande, mas em política tudo é possível. Não será o Jayme ou a Lucimar que vão decidir se o partido continua na coligação. São os filiados e lideranças”, sentenciou.
Na semana passada, líderes do DEM e outras nove siglas se reuniram para tratar da candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, durante um almoço. Segundo o presidente estadual do DEM, o deputado federal Fábio Garcia, Mauro está disposto a ser candidato, mas ainda não decidiu.
Se reuniram PDT, DEM, PTB, PRB, PHS, PCdoB, PP e PROS, além do PSD, comandado pelo ex-vice-governador Carlos Fávaro. As siglas ainda trabalham com a possibilidade de um plano “B”, tendo o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), caso Mauro não seja candidato.