"> Júlio Campos critica governo isolado e chama Taques de “teimoso” – CanalMT
Divulgação

Júlio Campos critica governo isolado e chama Taques de “teimoso”

LEONARDO HEITOR

O ex-governador Júlio Campos (DEM) não tem aliviado nas críticas ao governador Pedro Taques (PSDB). Em entrevista à Rádio Vila Real, na manhã desta terça-feira, o pré-candidato a deputado estadual falou que o tucano não ouve ninguém e que é “teimoso” demais, cravando a saída definitiva do Democratas da base aliada do governo.

Júlio Campos afirmou que nos três anos de mandato, o Democratas foi tratado como coadjuvante e que mesmo tendo colaborado para eleger Taques, não teve do governador nenhuma contrapartida, sem sequer participar do Governo.

“Entendemos que o Governo deixou muito a desejar, com relação aos compromissos assumidos na campanha de 2014. Lamentavelmente nosso partido ajudou, colaborou e viabilizou a sua eleição, não tendo direito sequer a dar palpite, ideias, ou ajudar a governar Mato Grosso. Fomos tratados nestes três anos como meros coadjuvantes, sem nenhuma participação ou ligação com a estrutura de governo”.

Campos apontou que Taques montou sua estrutura de governo sem ouvir ninguém, e que por conta disso, perdeu diversos aliados. O ex-governador apontou que o próprio partido do chefe do executivo estadual não está satisfeito com a postura adotada pelo Governo do Estado. “Ele montou um governo pessoal, particular, com um núcleo duro fechado, que ninguém participa. O próprio PSDB, que é o partido dele, não participa e não está satisfeito com seu governo. A coisa complicou tanto que nenhum aliado está mais com ele. Só restou ele próprio. Se ele fizer uma votação secreta no PSDB, não terá 10% dos votos para disputar uma eleição. Algo estranho está acontecendo. Não é normal um governador não conseguir nem no seu próprio partido ter a maioria absoluta, para um projeto de reeleição”, disse.

O pré-candidato a deputado estadual afirmou que não acredita que Taques mereça ser reeleito e apontou que o governador errou em diversos pontos do seu mandato, chamando-o inclusive de teimoso. “Nós o respeitamos, mas entendemos que o seu governo não merece ter mais quatro anos de oportunidade pois deixou muito a desejar em termos administrativos, econômicos, financeiros e vários outros erros. E ele é muito teimoso, para o meu gosto”, opinou.

DÍVIDA DE R$ 1 MILHÃO

O ex-governador revelou, durante a entrevista, que o Governo de Mato Grosso deve ao grupo de comunicação ao qual ele é sócio, cerca de R$ 1 milhão. Júlio Campos tem participação no Grupo Futurista de Comunicação, proprietário da TV Brasil Oeste (TBO), afiliada da Rede Brasil, e de duas rádios (Industrial e Jovem Pan), em Cuiabá e Várzea Grande.

“Todos os sites, com exceção de dois ou três que são de amigos pessoais ou que ele teme, ninguém recebe. Eu sou sócio do Grupo Futurista, que tem uma TV e duas rádios, trabalhamos de graça desde março do ano passado, sem receber um tostão sequer de verba de comunicação, e nem por isso estamos deixando de divulgar o governo. Mesmo com fiado, devendo mais de R$ 1 milhão para nós, estamos divulgando as campanhas. Um dia eles vão pagar”.

Júlio Campos chamou Taques de irresponsável e apontou que o fato de o Governo do Estado não cumprir promessas de pagamento feitas aos veículos de comunicação que divulgaram peças publicitárias institucionais do governo, resultaram na saída do ex-secretário de Estado de Comunicação, Kléber Lima, que atualmente comanda a Secretaria de Estado de Cultura.

“O governo Pedro Taques é irresponsável e não paga ninguém. O Estado de Mato Grosso está devendo a imprensa mato-grossense há mais de ano. Tem conta de fevereiro do ano passado que não foi paga. Esta foi uma das razões que fizeram o secretário Kléber sair. Ele ficou desmoralizado, depois de fazer vários compromissos com os veículos que divulgaram propagandas e atividades do Governo e não conseguiu cumprir, porque o Estado não prioriza o pagamento das pequenas empresas”, afirmou.


O que achou desta matéria? Dê sua nota!:

0 votes, 0 avg. rating

Compartilhar:

Deixe uma resposta