"> Taques diz que dívida herdada de Silval prejudica investimentos na saúde – CanalMT
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Taques diz que dívida herdada de Silval prejudica investimentos na saúde

Lizandra Macedo

O governador Pedro Taques (PSDB) minimizou as dificuldades enfrentadas pela sua gestão com relação à saúde pública, alvo de críticas de prefeitos e até mesmo de deputados da base aliada por conta de atrasos nos repasses financeiros que impedem o pleno funcionamento de unidades médicas em municípios do interior.
O tucano ressaltou que o principal entrave que dificulta mais investimentos na saúde pública é a dívida que herdou do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que corresponde a R$ 300 milhões. Atualmente, são R$ 162 milhões de restos a pagar, acumulados desde 2009.
“A administração passada deixou um déficit na Saúde de R$ 300 milhões. Isso significa restos a pagar. Em três anos, conseguimos reduzir para R$ 162 milhões. É o que devemos hoje. São valores de 2009 a 2016. A diferença é que, agora, temos um caminho, um caminho estratégico para mudar a Saúde do Estado”, afirmou.

Nesta terça-feira, o Executivo repassou R$ 77 milhões aos municípios. Desse total, R$ 70 milhões são da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e R$ 7 milhões do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), referente à arrecadação da conciliação fiscal promovida pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Outros R$ 16 milhões foram destinados para a Secretaria de Estado de Saúde (SES). No dia 8 deste mês, o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) autorizou o repasse de R$ 50 milhões aos municípios para investimentos na saúde pública. Neste dia, Taques estava em uma missão internacional na China.

Embora reconheça as dificuldades do setor, Taques afirma que tem se empenhado em melhorar a saúde pública de Mato Grosso. E pediu encarecidamente a população que rejeitem informações classificadas de “fofocas” que são aquelas com cunho de que o Estado vai tomar medidas para prejudicar a população mais carente na saúde pública.

“Não acreditem em fofocas. Por exemplo, as que dizem que vamos fechar UTI. Nós não fecharemos UTI. Nós abrimos 40 UTIs em Rondonópolis. Aliás, abrimos 204 UTIs no Estado. Não temos intenção nenhuma de fechar UTIs, nós queremos abrir, porque aqui temos um déficit”, afirma.
Taques ainda ressaltou que o investimento na saúde pública não é uma atribuição exclusiva do Estado, mas um dever constitucional compartilhado com os demais entes federativos que são a União e os municípios que se pautam pelo devido cumprimento das normas exigidas em lei para que o atendimento seja ofertado aos cidadãos mais carentes.
“Em Rondonópolis, o Estado atrasou o pagamento das UTIs, mas isso não significa que elas deveriam estar fechadas, porque quem banca UTI é a União Federal e o Estado. Mas as UTIs da Santa Casa não foram credenciadas, habilitadas, no SUS, no Governo Federal. Isso precisa ser analisado administrativamente”, explicou.

Em Rondonópolis, Taques explicou que as unidades no município foram ampliadas em sua gestão, elevando de 31 para o total de 40. O principal problema, de acordo com o tucano, é a falta de recursos financeiros ainda mais em um momento de grave crise econômica. Só até setembro deste ano, Mato Grosso arrecadou menos do que o previsto na ordem de R$ 1,7 bilhão.

“Nós atrasamos o pagamento, sim. Mas, agora, quero perguntar ao cidadão: será que o governador tem mau coração? O governador não tem responsabilidade com a Saúde Pública do Estado e deixa atrasar o pagamento das UTIs? Por que nós deixamos atrasar o pagamento dos hospitais? Porque não tem dinheiro. Além da gestão, precisamos de menos discursos e mais recursos”, concluiu.


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