A Câmara de Cuiabá definiu nesta quinta-feira (16) a composição da “CPI do Paletó”, que investigará suposto recebimento de propina por parte do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), flagrado em vídeo recebendo dinheiro do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio César Correa Araújo. O vereador Marcelo Bussiki (PSB), autor do requerimento da CPI será o presidente, tendo o vereador Adevair Cabral (PDT), como relator, e Mário Nadaf (PV), como membro.
Na última terça-feira, a criação da CPI foi lida em plenário e a oficialização ocorreu nesta quinta, com a escolha dos integrantes. A escolha dos membros gerou reclamação dos vereadores da oposição.
Eles pretendiam formar a comissão com os 9 vereadores que inicialmente assinaram o requerimento da CPI. Os demais parlamentares só assinaram quando a comissão já era dada como certa.
Alguns parlamentares prometeram ir a Justiça para que Adevair e Nadaf sejam retirados da comissão. “Vamos estudar uma possível judicialização, mas isso coloca em risco a investigação”, disse o vereador Diego Guimarães (PP).
Já o presidente da CPI, Marcelo Bussiki, afirmou que apresentará um relatório separado caso os demais parlamentares não demonstrem isenção nos trabalhos. “Queremos evitar uma CPI chapa branca e se for necessário apresentarei outro relatório ao final porque isso é direito de todo os membros da investigação”, disse.
Já o relator da CPI garantiu que fará um trabalho isento. Ele não se colocou como indicado pela base do prefeito na Câmara. “Não estou representando situação e nem oposição. Vou fazer um relatório técnico e independente”, assinalou Adevair.
A partir de agora, a CPI tem 120 dias, para concluir os trabalhos. O prazo pode ser prorrogado por igual período.