"> Adilton Sachetti e Fábio Garcia demonstram afinidade com o DEM – CanalMT
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Adilton Sachetti e Fábio Garcia demonstram afinidade com o DEM

Lizandra Macedo

Após confirmar a desfiliação do PSB, os deputados federais por Mato Grosso Adilton Sachetti e Fábio Garcia não escondem a afinidade com o projeto do DEM, que após acumular perda de representatividade no Congresso Nacional nos últimos anos, agora está em franca recuperação desde a chegada do presidente da República Michel Temer (PMDB) ao poder que culminou na chegada de Rodrigo Maia (RJ) à Presidência da Câmara dos Deputados.

 Ambos se desligaram do PSB por divergências ideológicas com a Executiva nacional. Antes do pedido de desfiliação, o deputado Fábio Garcia estava na iminência de ser expulso em razão de ter votado favoravelmente à reforma trabalhista defendida pela Presidência da República. Já Sachetti deu declarações públicas em favor da reforma trabalhista e previdenciária e comparou as punições da Executiva nacional aos parlamentares com atos de ditadura militar.

 “Queremos um partido com qual temos afinidade de pensamento e liberdade para trabalhar”, afirma Sachetti.

 Questionado a respeito do DEM que trabalha nacionalmente com a proposta de um plano de posicionar-se politicamente no campo da centro-direita, considerada um vácuo no cenário político embora mais de 30 partidos estejam devidamente registrados na Justiça Eleitoral, Sachetti afirma que tem total simpatia pelo projeto dos democratas.

 “O DEM é um partido que está se posicionando com um pensamento de ‘centro democrático’. Defende uma reforma estatal pautada pela diminuição do Estado com o intuito de torná-lo mais eficiente ao cidadão. O inchaço da máquina pública só aumenta gastos e precariza serviços ofertados aos brasileiros”, disse.

 Com origem empresarial e neto do ex-governador Garcia Neto, o primeiro após a divisão de Mato Grosso que se deu em 1977, o deputado Fábio Garcia também defende o modelo idealizado pelo DEM de que o governo federal deve limitar a quantidade de ministérios e autarquias com o propósito de investir em projetos estratégicos ao país, notadamente em educação, saúde, segurança pública e Justiça.

“O Estado precisa ser pequeno e com oportunidades iguais para todos. A iniciativa privada deve ser considerada essencial para geração de emprego e renda e não apenas sacrificada com a cobrança abusiva de impostos. O DEM aposta no empreendedorismo e sou muito simpático a essa proposta”, ressaltou.

 Sachetti ainda criticou duramente o PSB pelo viés socialista que defende uma concentração maior do Estado nas atividades econômicas e na prestação dos serviços públicos, contrariando-se a propostas liberais que possam estimular a recuperação da economia nacional, em recessão econômica desde a gestão da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) que deixou o comando do país após sofrer impeachment concluído em agosto de 2016 e deixar como herança ao seu sucessor uma taxa de 13 milhões de desempregados.

 “Não dá para entrar em um partido com bandeiras ultrapassadas, de dois séculos atrás. Tem que ter espaço para essas discussões. Não podemos nos filiar a um partido que aja como o que eu saí, com uma visão tacanha e ultrapassada”, completou Sachetti.

 Embora não escondam a empolgação com o DEM, ambos os parlamentares ainda são assediados por outros partidos como Podemos, PSDB, PR, PP e PTB diante dos projetos já destinados para a eleição de 2018 em âmbito estadual e nacional.


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