O governo de Mato Grosso tem a receber uma quantia superior a R$ 30 bilhões. Este valor é relacionado aos débitos cadastrados como dívida ativa que são pendências de impostos por pessoas físicas e jurídicas junto ao fisco estadual.
De acordo com o Procurador Geral Rogério Gallo, a maior dívida corresponde a R$ 3 bilhões e está registrada em nome da Santa Cruz Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas, que seria uma mera empresa de fachada.
“Houve prejuízos por essa empresa ao fisco dos Estados de Mato Grosso e São Paulo. Todas as operações eram feitas em São Paulo. Gerava créditos lá, transferia para empresas paulistas e esse crédito com essas empresas paulistas diminuía a arrecadação do ICMS também do Estado de São Paulo”, explica.
Desde o começo deste ano a Procuradoria Geral do Estado (PGE) trava uma verdadeira batalha contra os maiores devedores do Estado.
Por conta disso, tem concentrado atenção especial ao caso envolvendo a empresa Santa Cruz Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas.
Até o momento, foi identificado que a empresa não possui patrimônio e os donos registrados não possuem bens que possam ser bloqueados e assim ressarcir os cofres públicos do Estado.
“Vamos buscar o auxílio dos órgãos de investigação em São Paulo. Essa é uma empresa grande do setor agrícola que foi constituída para operar durante um determinado tempo e, infelizmente, ela encerrou suas atividades e gerou esse passivo para o Estado”, afirma.