Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Fred Moraes/ GD
O prefeito Abílio Brunini (PL) revelou, nesta sexta-feira (12), que recebeu mensagens de pais de outros alunos que também teriam sido vítimas de estupro no mesmo grupo de crianças, em escola municipal de Cuiabá, onde um caso de abuso sexual a um menino de 9 anos veio à tona. A mãe da criança registrou boletim de ocorrência e a situação é investigada. O menor foi transferido assim que contou sobre a violência sofrida.
“É um caso que, se for comprovado, é muito grave. Também tenho recebido mensagens de outras pessoas falando que poderia ter outras vitimas do mesmo grupo de crianças. Mas não tenho certeza se isso realmente é verdade” afirmou o prefeito, ressaltando que a prefeitura está prestando total colaboração à investigação.
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, enquanto a Polícia Civil investiga o crime, cuja denúncia inicial foi registrada pela mãe do aluno em novembro.
A situação veio a público nessa quinta-feira (11), embora o boletim de ocorrência tenha sido registrado em 17 de novembro. O caso envolve um aluno de 9 anos que começou a apresentar fortes dores na região anal, até que a mãe soube que ele teria sido vítima de abusos e agressões praticados por um grupo de colegas de classe.
O prefeito detalhou o que o boletim, que foi tornado público, informa: “seriam 4 ou 5 crianças na idade de 8 e 12 anos e que essas crianças dentro do banheiro infantil teriam possivelmente praticado algum ato que seria considerado um estupro.” Abílio evitou dar mais detalhes sobre as tratativas.
O que diz a Educação
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informou que repassou toda a documentação e materiais da escola à Polícia Civil e garantiu “total suporte e colaboração para solucionar o caso”. Além disso, a pasta afirma ter tomado as “medidas protocolares cabíveis, com a comunicação ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil, além do encaminhamento do menor à rede de acompanhamento”.
Essa versão, no entanto, confronta o que disse a mãe da vítima, que relatou ao portal GD que a denúncia de abuso não foi tratada com a devida seriedade pela direção da escola.
A prefeitura alega que, no dia 18 de novembro, um dia após o registro policial, a mãe solicitou a transferência do filho e, só então, questionada pela direção, relatou o suposto abuso.
Abílio enfatizou que o caso, por envolver crianças e adolescentes, precisa ser conduzido sigilosamente, seguindo o estatuto de proteção.
Ele reforçou que a Prefeitura de Cuiabá está repassando todos os dados necessários para que a polícia realize a investigação.



