Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Secom
Uma única bolsa de sangue contém componentes que podem salvar até 4 vidas. São pessoas internadas, que convivem com alguma doença, passem por cirurgia, com alto nível de anemia ou que sofreram grande perda de sangue e precisam da reposição. Mesmo com todo o avanço da medicina, ele ainda não pode ser substituído e a esperança para muitas pessoas é o gesto de solidariedade de voluntários. Apesar de ser um ato seguro, alguns mitos ainda rondam as doações e devem ser esclarecidos, a fim se não prejudicar a ajuda.
Dados do Hemocentro-MT enviados ao GD mostram que, somente entre janeiro e abril de 2025, foram coletadas 6.412 bolsas e, ainda assim, o estoque atingiu nível crítico durante alguns períodos do ano. Doadores de sangue regulares são sempre necessários e o banco de sangue fornece o comprovante de comparecimento ao doador para que possa justificar sua ausência no trabalho. Além disso, as campanhas de doação ocorrem com frequência a fim de atrair novos voluntários.
Maisa Campos é médica hematologista e explica que uma única doação pode salvar várias vidas devido à quantidade de componentes presentes no sangue.
“Uma bolsa de sangue pode se transformar em concentrado de hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado”, pontua ela. Ou seja, pessoas diferentes podem receber apenas a “parte” necessária da doação, de acordo com suas necessidades.
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A coleta é um procedimento seguro, mas, alguns mitos ainda existem e são propagados. Doar sangue não causa prejuízos a saúde, pois só podem ocorrer com intervalos regulares. Homens podem doar até 4 vezes ao ano, a cada dois meses, enquanto mulheres são limitadas a 3 doações anuais, respeitando o intervalo de 3 meses.
Ter tatuagens ou piercings não impedem a doação de sangue, desde que sigam a recomendação de tempo mínimo após a realização do procedimento. Para doar, é necessário estar alimentado e o período menstrual não impede que uma doação ocorra. Além disso, a doação pode iniciar ainda quando o doador for menor de idade, aos 16 anos, desde que tenha autorização e acompanhamento dos pais.
Maisa Campos, além de hehematologista,ambém é doadora de sangue há 15 anos, pois, como prprofissional,ntende a importância do ato e viu um gesto de solidariedade, com a possibilidade de salvar vidas além da medicina.
“O sangue não pode ser fabricado, ele só é disponível por meio da doação voluntária. Doenças, cirurgias, complicações de pós-parto necessitam da transfusão para essa condições médicas que têm risco de vida. Muitas pessoas internadas necessitam de doação de sangue e fui motivada a doar para poder ajudar as pessoas e faço isso desde os meus 20 anos”, explicou ela.
O MT-Hemocentro é o único banco de sangue público de Mato Grosso. Fernando MoModolo, atual diretor, explica ao GD que o estoque no local está sob constante atenção para a realização de manutenção e cuidado para que medidas sejam tomadas evitando um nível crítico.
“A troca de informações entre hemocentros, hospitais, unidades de coleta e bancos de sangue é fundamental. Essa comunicação permite ações coordenadas para redistribuir bolsas entre unidades e otimizar o uso do estoque disponível.
Manter os estoques em níveis seguros é uma responsabilidade compartilhada. Envolve doadores, profissionais da saúde e toda a rede de atendimento. Com organização, engajamento e planejamento, é possível garantir que o sangue esteja sempre disponível para quem mais precisa”, explicou ele.
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Para agendar a doação de sangue na sede do MT Hemocentro, na rua 13 de Junho, basta acessar o Sistema de Agendamento. O voluntário também pode marcar a coleta pelo telefone (65) 98433-0624 (WhatsApp, somente mensagem), ou pelo número (65) 3623-0044, ramais 2024, 2025 e 2026.
Para quem comparecer e, por algum motivo, não pôde doar, o MT Hemocentro fornece um comprovante de comparecimento e, para quem efetuou a doação de sangue, é entregue o atestado de doação de sangue para justificar a ausência no trabalho. Doadores regulares recebem carteira e têm benefícios, como pagar meia-entrada em alguns eventos.
Para doar é preciso apresentar um documento oficial com foto, pesar 50kg ou mais, estar em bom estado de saúde e ter feito uma refeição equilibrada, além de ter idade entre 16 e 69 anos, 11 meses e 29 dias. Quem tem entre 60 e 69 anos só poderá doar sangue se já tiver doado antes dos 60 anos. Adolescentes de 16 e 17 anos devem levar uma autorização dos pais ou responsável legal para fazer a doação.