É !, realmente estamos mudando, e para pior, não trago aqui nenhum pessimismo, muito menos motivo para desanimo, pois de tempos em tempos somos obrigados a limparmos os olhos e tentarmos entender a realidade para seguirmos em frente, calma, não são as mudanças trazidas pelas práticas ruins do cinismo político, nem a insegurança fomentada pelas decisões judiciais tendenciosas e confusas, que nos faz refletir agora.
Hoje vemos a “ pátria de chuteira” se transformando em “pátria da chupeta”, assim como antes, o futebol sendo usado para traduzir o comportamento social e emocional do brasileiro, à época o genial Nelson Rodrigues usou-se a expressão para se definir o momento político que se misturava com ansiedade do brasileiro as vésperas da copa do mundo de 70.
Sou um apreciador do bom futebol, sem citar cores, tenho tentado assistir, mas, logo nos primeiros trinta minutos tem ocorrido de tudo, rigorosamente de tudo, menos futebol, uma vergonha de jogos, uma pelada boçal de envergonhar o mais desatendo e sonolento espectador.
Nelson Rodrigues um amante do esporte em sua obra de crônicas – A sombra das chuteiras imortais, narra em algumas delas o que antes era engraçado e pitoresco do futebol, passou a ser corriqueiro e cultural nos tempos atuais, trago aqui alguns pontos; Bocage no futebol, conveniência de ser covarde, cusparada metafisica, o juiz ladrão e Freud no futebol.
O futebol virou um espetáculo de bocage, onde o maior e mais raivoso dos personagens são os técnicos e seus asseclas, que passam os 90 minutos, ofendendo a todos, em seus infindáveis palavrões e micagem, transformando o arbitro em uma “Geni”, muitas vezes levando para dentro do gramado o que não vemos nem nas lutas de UFC.
As conveniências de ser covardes, atletas com suas constantes simulações e negações, marmanjos chorando, gritando e esperneando, como crianças mimadas, seguida de sua cusparada metafisica onde se agridem sem nenhum escrúpulo, o juiz ladrão sendo apoiado pelo VAR que interrompe em sua incompetência o jogo por até 6 minutos, em total desrespeito a todos, tudo em oposição as regras e éticas, diferente ao que ocorre nos gramados europeus, em que de forma mais civilizada o esporte e praticado.
Cuida-se de canelas, músculos, tatuagem, coxas, penteados, etc.,acredito que estamos precisando do FREUD NO FUTEBOL, e pensar em cuidar urgentemente do interior dos envolvidos, lembrando que o futebol e um esporte muito popular e que ao invés de fomentar boas práticas de relação social, vem sendo utilizado somente para contaminar negativamente o comportamento dos pequenos e grandes torcedores brasileiros, pensemos nisso URGENTE, não invalidemos nossos dons e virtudes, saindo de um time campeão , para um emocionalmente derrotado.
LUIZ FERNANDO é ex-secretário da Receita de Várzea Grandel