Avaliando os últimos e recentes dados divulgados pelas Nações Unidas quanto ao ranking do Índice de Desenvolvimento Humano-IDH, deparamo-nos com a estagnação do Brasil na 84ª posição. Já quando olhamos somente para a desigualdade social, a nossa “Pátria amada” perde 17 posições. O alarme soa quando observamos que perdemos para países como Colombia, Chile e México!.
Em contrapartida a esses números, é sabido que possuímos a maior carga tributária do mundo, onde é divulgado o dígito de 36,2% do PIB como sendo da carga tributária. Porém isso reflete apenas se levarmos em conta o que os governos conseguem arrecadar. Se considerarmos o que os brasileiros deveriam pagar, essa aberração numérica chegaria a 47,9% do PIB. Você está espantado? Sim, os governos tentam ficar com aproximados 50% de toda a produção dos habitantes da Terra Brasilis.
Poderíamos até comemorar, pois uma arrecadação dessas faria com que fôssemos 9ª economia do mundo, no entanto nossos resultados são tão pífios que a muitos desanima. Apesar de todas essas montanhas e montanhas de recursos arrecadados, a maioria, “em troca”, continua a receber os piores serviços de saúde, educação, transporte, infraestrutura, dentre outros. Tudo isso parece exercício de retórica, pois o sofrimento do brasileiro é de domínio público, tendo este que trabalhar 5 meses por ano somente para manter a lenta caminhada desse elefante chamado Administração Pública, que está cada vez mais gorda e corrupta e que, dia-a-dia, busca intervir mais na vida do contribuinte. Estado faminto e habilidoso em criar, cada vez mais, burocracias e entraves, devolvendo quase nada de resultados, ou seja, todos os poderes em uma corrida incessante por verba, verba e mais verba.
Com uma inflação que transpôs a barreira dos dois dígitos, e além, devido à era Lula/Dilma, começou já nesses governos o desmoronamento do Castelo de Areia construído pela economia ideológica da esquerda, que, em piscar de olhos, passou da esperança à crise, sem sustentabilidade da nossa realidade. Castelo construído na base da irresponsabilidade e escândalos, como “nunca antes na história”; decorado pelas mãos e ações dos marqueteiros laranjas, todos presos. A Copa do mundo 2014, Olimpíadas 2016 e demais projetos faraônicos e mentirosos, ao arrepio de planejamento e recursos, não poderiam ter nos deixado outro legado e rastro que não o de um tsunami: obras públicas inacabadas (7.000 obras), sistemas educacional (aparelhado), de segurança, de saúde e de empresas públicas falidos! Está bom para você? Claro que não! Para limparmos isso tudo não bastará vontade, mas uma operação pós-guerra!
Hoje vemos asseclas desses ex-governantes falando de estufar o papo do quanto foi bom aqueles tempos. Fala sério! Que tempo? Hoje percebemos que foram tempos de desenvolvimento e fartura ilusórios, operados por gangsteres que nos roubaram, inclusive, a esperança. Se tivesse sido bom mesmo, estaríamos usufruindo até hoje. Alguém está, porem poucos privilegiados, veja o IDH.
Um verdadeiro plano desenvolvimentista tem que ser alicerçado em boas e viáveis estratégias. Consequentemente o sucesso será para gerações e atenderá aos interesses de todos os grupos sociais da nação. Não aceitemos mais que nosso futuro seja construído em areia como foi, mas sim em bases sólidas de VERDADES, para que consigamos atravessar, ao menos, uma ventania.
A diferença entre as nações pobres e ricas não está na dependência de recursos naturais nem da idade de sua descoberta, mas da responsabilidade de seus governantes e agentes públicos.
Luis Fernando Botelho Ferreira é servidor público municipal