Os processos conduzidos pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, que têm como base os vídeos gravado pelo ex-governador Silval Barbosa de ex-deputados estaduais recebendo dinheiro das mãos de Sílvio Correa tiveram um “reforço” dos depoimentos de colaboração premiada do ex-presidente da ALMT, José Riva. Num processo relacionado ao ex-deputado estadual Alexandre César (PT), o magistrado cita o compartilhamento de uma “planilha elaborada com base nos anexos apresentados pelo colaborador”, numa petição que tem a relatoria do desembargador Marcos Machado.
Apesar de ainda não ter vindo oficialmente a púbico, a delação de Riva traz entre os vários crimes narrados, o pagamento de “mensalinho” e propina a, pelo menos, 38 deputados estaduais que passaram pela Assembleia Legislativa entre 1995 e 2015, período em que ele comandou o parlamento estadual. Ele teria entregado como prova uma planilha contendo nomes e valores que cada um recebeu.
O despacho do juiz Bruno D’Oliveira Marques aponta que a referida “planilha” é “objeto de um dos anexos” que foram compartilhados aos autos que envolvem o pagamento de propina a Alexandre César – o que sugere que o ex-presidente da ALMT já deve ter entregado o esquema às autoridades. A tendência é de que, além do processo relacionado a Alexandre César, todos os processos relacionados aos vídeos de Silval contem, a partir de agora, com a delação de José Riva, corroborando esquema de propina para deputados estaduais.