A nova lei do abuso de autoridade e as dificuldades trazidas pela nova legislação processual penal para justificar uma prisão preventiva facilitou e muito a figuras de peixes graúdos em Mato Grosso. Em Operação da Polícia Judiciária Civil, a secretaria de saúde de Rondonópolis, Izalba Albuquerque, foi apenas afastada do cargo mesmo que as investigações da Operação Stop Loss tenha apontado superfaturamento superior a R$ 1 milhão na compra de materiais destinados ao combate ao coronavírus.
Já a Operação Overlop, também deflagrada pela Polícia Civil para desmantelar uma quadrilha que desviava dinheiro da educação de Cuiabá, culminou apenas no afastamento do então secretário Alex Vieira Passos, apesar da evidente suspeita de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 1 milhão. O modo frouxo de conduzir investigações de crimes de colarinho branco no qual o Judiciário se submete a nova legislação, é o Brasil pós-Lava Jato construído por figuras do Congresso Nacional como o senador alagoano Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).