O Twitter removeu da rede um vídeo sobre a morte de George Floyd postado pela campanha à reeleição do presidente dos EUA, Donald Trump, alegando que a publicação viola regras de direito autoral. A remoção ocorre em meio a um aumento da tensão entre a empresa e a Casa Branca provocado por decisões anteriores em relação a tuítes de Trump, classificados como informação falsa ou de promoção da violência.
O vídeo faz uma montagem de imagens de George Floyd e de imagens dos protestos contra o racismo que se espalharam pelos EUA após a sua morte. Sobre as imagens, a voz de Trump lamentando o acontecido, para em seguida mudar o tom e alertar sobre a “violência e anarquia” de “grupos de extrema-esquerda”.
Um porta-voz do Twitter informou ao site de notícias The Hill que a empresa recebeu ao menos uma reclamação sobre as imagens usadas no vídeo. O vídeo foi então repassado ao Lumen Database, um grupo ligado à Universidade de Harvard que realiza checagens para a rede social, que avaliou que houve uma violação de direitos autorais.
A campanha de Trump diz que o Twitter censurou o presidente. “Em declarações duvidosas de direitos autorais, o Twitter falhou repetidamente em explicar por que suas regras parecem se aplicar apenas à campanha de Trump, mas não a outras. Censurar a importante mensagem de unidade do presidente em torno dos protestos de George Floyd é uma infeliz escalada desse duplo padrão.”